Casamento gay em Manaus acontece em março[/caption]
Tânia Pereira (51) e Lidiane Azevedo (32) resolveram tomar a iniciativa de serem as pioneiras na denominação a realizarem seu matrimônio. Integrantes da igreja, elas estão noivas há 4 meses. Dizem que já frequentaram igrejas tradicionais, mas pelo fato de não terem sua homoafetividade aceita nesses lugares, optaram por congregar em uma espaço inclusivo.
“Na igreja, crescemos ouvindo que a homossexualidade é pecado, mas o que Deus abomina na vida de qualquer pessoa são as coisas ruins, a pessoa viver na promiscuidade, e não na homoafetividade”, disse Lidiane. Sua companheira concorda, e esclarece que não acha certo com a forma que os relacionamentos não-tradicionais são vistos nos templos evangélicos atualmente: “A Bíblia não condena a homoafetividade, e essa interpretação arcaica deve ser revista”, concluiu.
O pastor da igreja explica que a intenção não é afrontar outras denominações mais tradicionais, e sim trazer o diálogo sobre o assunto, além de garantir um espaço onde as pessoas pertencentes a esses grupos possam se sentir livres para viverem sua fé: “Nós trabalhamos a teologia inclusiva, utilizando as técnicas de interpretação histórico crítica e cristocêntrica para extrair o melhor sentido de toda a Bíblia”, explanou.
Este tem sido um movimento crescente no Brasil. As igrejas de teologia inclusiva estão ganhando espaço em diversos estados da federação, e já contam com milhares de membros. A maioria da igreja evangélica, no entanto, ainda possui resistência em aceitar a realização e naturalização de LGBTs em seu seio. A tendência, entretanto, é de que, com o passar dos anos, essas igrejas estejam ainda mais fortes em todos os cantos do país.
Tadeu Ribeiro
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Com informações D24am]]>
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