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“A internet vai parar”, diz vice-presidente institucional da Claro

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Foto: Pedro França/Agência Senado

A construção de uma usina de dessalinização na Praia do Futuro, em Fortaleza, continua gerando controvérsias, especialmente no que diz respeito à possível ameaça à conexão à internet no Brasil. Fábio Andrade, vice-presidente institucional da Claro, é um dos líderes do movimento contrário ao projeto e expressou suas preocupações em uma entrevista à Folha de São Paulo.

Em entrevista à Folha de São Paulo, Andrade destaca que a Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel) já se pronunciou sobre o assunto, determinando que os dutos da usina estejam a, no mínimo, 500 metros dos cabos submarinos. Anteriormente, o projeto estabelecia apenas cinco metros. No entanto, o executivo da Claro enfatiza que mesmo essa distância pode não ser suficiente para garantir a estabilidade da conexão.

“A internet do país vai parar”, afirma Andrade, alertando para os possíveis impactos caso a instalação da usina prossiga no local planejado. Ele explica que, mesmo mantendo a distância de 500 metros, o aumento previsto na demanda por internet nos próximos anos pode comprometer a conexão. Ele sugere que a instalação deveria ocorrer a, no mínimo, mil metros, considerando o crescimento do número de cabos submarinos.

Fábio Andrade ressalta a importância da Praia do Futuro na infraestrutura de comunicação do país, sendo ponto de chegada para grande parte da conexão internacional com os Estados Unidos, Europa e África. Ele alerta que qualquer reparo nos cabos submarinos levaria, no mínimo, 50 dias, afetando áreas críticas como segurança pública e saúde.

Diante da situação, Andrade revela que aguarda um novo projeto executivo e que os próximos desdobramentos serão conhecidos nas próximas semanas. Ele sugere que, caso a construção prossiga no local originalmente indicado, a solução seria a instalação de novos cabos em outra praia da região. Contudo, destaca os desafios e custos envolvidos nesse processo, bem como a necessidade de garantir uma conexão eficiente entre os terminais de cabos.

A polêmica persiste, com 17 cabos submarinos de internet já presentes na Praia do Futuro. Empresas do setor alertam para os riscos que a construção da usina no mesmo local pode trazer à conexão no Brasil, enquanto os responsáveis pela Parceria Público-Privada (PPP) garantem a segurança do projeto, argumentando que os dutos ficarão a mais de 500 metros dos cabos de internet, com zero chances de impacto.

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