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Escândalo na Bola de Neve: Entenda as denúncias de estelionato e exploração contra a igreja

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Márcio Bieda e Thiago Santana revelaram em uma live irregularidades, incluindo desvio de doações e exploração de trabalho voluntário - Foto: Reprodução

Um recente episódio veio à tona nas redes sociais, sacudindo as estruturas da comunidade evangélica, com denúncias pesadas direcionadas à renomada Igreja Bola de Neve e seu fundador, o apóstolo Rina. Empresários de destaque, Márcio Bieda e Thiago Santana, fizeram uma transmissão ao vivo pelo Instagram, desvelando alegações de estelionato e má gestão de doações por parte da igreja.

Na live, Bieda e Santana expuseram casos específicos, destacando um em Balneário Camboriú, onde um instituto supostamente dedicado a apoiar mulheres carentes através do empreendedorismo teria sido desviado para tornar-se um salão de beleza de luxo. “Recebi várias denúncias de pessoas dizendo que doaram para um instituto que supostamente ajudaria mulheres carentes a se tornarem empreendedoras. Vamos ver no que esse instituto se transformou”, ressaltou Bieda.

A questão central girou em torno das doações, com Bieda mencionando contribuições substanciais feitas com base em promessas fraudulentas. Documentos apresentados sugeriam que o salão de luxo tinha ligações familiares com o pastor Natanael, líder local da igreja, levantando ainda mais suspeitas sobre a utilização dos recursos doados. “As pessoas trabalham nos comércios da igreja sem saber que os lucros vão para os líderes”, disseram.

Além das denúncias específicas, os empresários apontaram outras práticas problemáticas, incluindo a operação de uma cantina onde voluntários trabalhavam sem remuneração, enquanto os lucros iam para os líderes da igreja. A exploração de membros e a pressão para doarem e trabalharem gratuitamente também foram mencionadas, sendo categorizadas como estelionato e exploração de trabalho voluntário.

Durante a transmissão, foram exibidos documentos e relatos que, segundo eles, corroboravam as irregularidades apontadas. O apelo final foi direcionado aos líderes da igreja e ao próprio apóstolo Rina, demandando um posicionamento claro sobre as denúncias. “Isso é estelionato, é um crime de estelionato”, denunciaram.

Essas revelações não passaram despercebidas pelo Ministério Público, que iniciou uma investigação sobre as acusações. O promotor da moralidade administrativa em Balneário Camboriú, Jean Michel Forest, ressaltou a importância de investigar tais alegações, especialmente em períodos pré-eleitorais onde as denúncias envolvendo políticos aumentam.

Ainda segundo denúncias, a Bola de Neve seria ligada à Organização da Sociedade Civil Árvore da Vida, mantenedora da Casa das Anas, que tem um contrato com a prefeitura de Balneário Camboriú, para o ano de 2024, no valor de R$ 1.128.600,00. As denúncias ganharam maior repercussão porque o pré-candidato a prefeito pelo grupo de Fabrício Oliveira, Peeter Lee Grando, é pastor auxiliar da igreja Bola de Neve.

A repercussão das denúncias foi ampliada com a manifestação do cantor Rodolfo Abrantes e sua esposa, Alexandra, que compartilharam experiências de abusos emocionais vivenciados enquanto frequentavam uma igreja em Balneário Camboriú há 13 anos. Eles expressaram indignação com a Bola de Neve após as denúncias de desvio de recursos, destacando os impactos duradouros dessas experiências em suas vidas.

“O pior é o peso que ainda sentimos, as feridas e traumas que demoram demais pra curar e ainda doem. Fico muito triste com tudo que está acontecendo, pois, mais uma vez, homens em nome de Jesus, o representam mal. Oro pelas pessoas que de alguma forma foram feridas para que elas guardem a fé. Também peço perdão àqueles que de alguma forma possam ter sido influenciados por mim, diretamente ou indiretamente, a se submeter a uma liderança como essa”, disse Rodolfo.


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