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SP: Aluno se automutilou ao fazer suástica e quis ver o ataque

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O estudante de 16 anos que realizou um ataque à Escola Estadual Sapopemba, na zona leste de São Paulo, na última segunda-feira, se automutilou desenhando uma suástica na panturrilha. Além disso, o jovem fez postagens com conteúdo neonazista e racista nas redes sociais. Durante seu depoimento à polícia, ele expressou interesse em assistir vídeos do ataque, algo que lhe foi negado pelas autoridades.

O adolescente deu várias versões sobre as motivações por trás do ataque, incluindo alegações de bullying devido à sua orientação sexual e descontentamento com um professor e outros alunos. Entretanto, ele não forneceu uma razão precisa para o ataque, e a estudante Giovanna Bezerra da Silva, que foi morta no incidente, não estava entre as pessoas com as quais ele tinha problemas.

Um detalhe que chamou a atenção dos investigadores foi o interesse do estudante em ver vídeos do ataque, algo que ele tentou transmitir ao vivo pelo aplicativo Discord antes do atentado. Ele também teria desenhado a suástica na panturrilha como forma de ganhar destaque em um grupo da mesma rede social, no qual também anunciou seus planos.

A polícia suspeita que o adolescente possa ter sido influenciado por membros de um grupo na plataforma Discord, que teriam incentivado o atentado e fornecido orientações sobre o uso da arma usada no crime. A polícia também está investigando a participação de outros membros desse grupo, que estão localizados fora do Brasil, tornando a investigação mais complexa.

O caso levou a múltiplos inquéritos, incluindo um relacionado ao vazamento de imagens do atentado. O advogado do adolescente solicitou um acompanhamento psiquiátrico para avaliar se ele possui algum distúrbio mental que possa ter contribuído para o ataque. A polícia também pediu a quebra do sigilo telefônico do jovem para investigar se houve participação de terceiros no incidente.

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