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Após se assumir homossexual, ex-pastor diz que se tornou “o gay mais feliz do mundo”

Vinicius Felix, de 33 anos, era um pastor evangélico que resolveu abandonar a carreira em Teologia

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Ex-pastor Vinicius Felix - Foto: Alex Machado

Vinicius Felix, de 33 anos, era um pastor evangélico que resolveu abandonar a carreira em Teologia, após se assumir homossexual. No dia em que fez essa decisão, afirmou que não teve “medo de mostrar quem era”.

“Arrombei o armário porque eu não fiz questão de ser suave. Divorciei num dia e no outro dia eu estava na balada. Eu não tive medo de me expor e nem de mostrar quem eu era”, disse Vinicius ao site Campo Grande News.

Ele, que é empresário, afirma que cresceu em um lar cristão. Além disso, é filho e neto de pastores evangélicos, passou mais de 30 anos envolvido com a igreja e foi pastor dos 17 aos 31 anos. Ele também chegou a casar com uma mulher.

“Conheci minha ex-esposa aos 14 anos, foram 8 anos de namoro e 10 anos de casamento, casamos virgens e começamos nossa história ministerial juntos. Em nosso noivado compartilhei que tinha atração homoafetiva, mas nós fizemos uma escolha um pelo outro. Sustentamos essa escolha durante alguns anos, só que as coisas começaram a mudar dentro de mim”, conta. “Era fato, todo mundo sabia ou percebia [que era gay]. Mas eu fiz uma escolha pela fé, fiz uma renúncia diária pela vida que eu escolhi viver naquele momento”.

Em 2019, ele resolveu mudar. Ele conta que teve sua primeira relação gay que durou três meses. O relacionamento acontece depois que ele se assumiu homossexual.

“Eu confessei e pedi perdão à ela. Ela me perdoou e ficamos mais um ano e meio casados. Mas eu não consegui ser mais o mesmo dentro do casamento. Foi uma mudança aos poucos. Quando eu decidi pelo divórcio era uma quarta feira, 1º de julho de 2021. Já estávamos como amigos e não tínhamos mais uma relação de marido e mulher”, contou o ex-pastor.

Ex-pastor – Foto: Alex Machado

“Foi um baque para todo mundo. Eu sabia que todas as estruturas iam quebrar à minha volta. Tudo desabou, da família ao financeiro, afinal, eu era da igreja, ministrava, tinha salário, mas perdi tudo”, disse.

Ele disse ainda que para dar conta da pressão presente em “sua nova vida”, procurou ajuda psicológica. Durante meses, Vinícius também teve dificuldades de se encontrar no movimento LGBT, até que encontrou alguém.

“Hoje namoro, me sinto pleno e realizado. Ainda estou no processo de mergulhar em mim, mas antes eu tinha que ficar reprimido, hoje eu não tenho que me frustrar”, disse. “Meu mundo gay é uma uma casa onde o vocabulário, as brincadeiras e o rolês parecem ter colado em mim. Hoje eu me sinto livre e seguro, junto com a minha família de viadice”, completa.

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