A Associação Cristã na Nigéria (CAN) recentemente comunicou profunda preocupação com o crescimento da violência contra cristãos na região, durante um encontro com as autoridades policiais no estado de Kaduna. Segundo a organização, esse aumento de violência resultou no encerramento de mais de 200 igrejas e na morte de mais de 20 pastores nos últimos quatro anos.
Joseph Hayab, presidente da CAN, destacou a gravidade da situação nas áreas de Birni Gwari, Chukun e Kajuru, onde 115 igrejas batistas foram forçadas a encerrar suas atividades devido à crescente insegurança. “Somos forçados a encerrar as atividades devido à insegurança em Kaduna”, afirmou Hayab.
O portal Christian Post ressaltou que o estado de Kaduna é um dos seis estados no noroeste da Nigéria severamente impactados pela ação de grupos criminosos que têm perpetrado sequestros e assassinatos em massa na região.
Na última semana, a violência atingiu um ponto crítico, com diversos incidentes traumáticos, incluindo o incêndio de uma igreja na cidade de Fadam Kamantan e o assassinato brutal do seminarista Na’Aman Stephen Danlami, que tinha 25 anos.
Outras ocorrências recentes envolvem o rapto de cristãos e a invasão de comunidades predominantemente cristãs por terroristas armados. Em um dos incidentes, dois funcionários do Hospital Anglicano St. Luke foram sequestrados em Wusasa, Zaria.
Diante desse cenário aterrorizante, o último relatório internacional sobre Liberdade Religiosa do Departamento de Estado dos EUA apontou que a violência tem afetado tanto comunidades cristãs quanto muçulmanas no país, levando a “numerosas mortes”.
Contrariamente às alegações da CAN, o governo nigeriano sustenta que os conflitos não são influenciados por divergências religiosas, mas sim são resultado de longos confrontos civis que vêm ocorrendo há décadas.
No entanto, organizações não governamentais internacionais, incluindo a Portas Abertas, têm indicado um aumento nos registros de perseguição religiosa contra comunidades evangélicas na Nigéria, colocando o país entre os mais altos no ranking de perseguição por fé.
As estatísticas compiladas pela ONG Armed Conflict Location & Event Data Project também são alarmantes, destacando que em 2022, quase 4.000 civis foram mortos devido à violência em todo o país.
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