Nesta segunda-feira (15/04), a cidade de Sydney, na Austrália, foi palco de um ataque à Igreja Cristo O Bom Pastor, que resultou em ferimentos para várias pessoas, incluindo um bispo e um padre. Segundo relatos da polícia local, o incidente foi considerado um “ato terrorista” de motivação religiosa.
De acordo com as autoridades, um jovem de 16 anos foi detido após o ataque com faca, que ocorreu durante uma missa transmitida ao vivo na igreja situada no subúrbio de Wakeley. Embora o agressor também tenha ficado ferido, as lesões das vítimas foram descritas como “não ameaçadoras à vida”.
A comissária de polícia do Estado de Nova Gales do Sul, Karen Webb, relatou que tanto o bispo Mar Mari Emmanuel quanto o padre Isaac Royel foram submetidos a cirurgias e estão se recuperando. A investigação está em andamento, mas a polícia está convencida de que o ataque foi motivado por extremismo religioso.
O primeiro-ministro da Austrália, Anthony Albanese, convocou uma reunião de emergência das agências de segurança nacional em resposta ao incidente. Em declarações à imprensa, Albanese enfatizou que “não há lugar para o extremismo violento em nossa nação” e instou o público a não buscar vingança por conta própria.
O agressor, cuja identidade não foi divulgada, teria proferido palavras de teor religioso enquanto se aproximava do bispo Emmanuel, de acordo com relatos da polícia. Acredita-se que o ataque durante a transmissão ao vivo da missa teve a intenção de intimidar não apenas os presentes, mas também os espectadores online.
Este incidente segue-se a outro esfaqueamento recente em Sydney, que resultou em várias mortes, mas não parece ter relação direta com o ataque à igreja. Líderes políticos e religiosos têm apelado à calma e à solidariedade em meio a essa situação.
O bairro de Wakeley, onde ocorreu o ataque, abriga uma comunidade cristã assíria, muitos dos quais são refugiados que fugiram da perseguição e da guerra no Iraque e na Síria. O bispo Mar Mari Emmanuel é uma figura conhecida e controversa, cujos sermões nas redes sociais alcançam milhões de visualizações.
No entanto, suas opiniões têm gerado controvérsias, incluindo críticas às medidas de combate à COVID-19 e à eficácia das vacinas. A relação do bispo com a Igreja Assíria tem sido tensa, com alegações de desobediência aos preceitos e formação de uma igreja dissidente.
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