Um ataque terrorista matou pelo menos 10 pessoas e feriu outras 39 numa igreja no leste da República Democrática do Congo este domingo (15/01), segundo o balanço provisório do exército congolês.
O ataque, atribuído pelas autoridades a um grupo próximo ao Estado Islâmico, ocorreu em uma igreja pentecostal em Kasindi, uma cidade perto da fronteira com Uganda, informou o porta-voz do exército congolês, Antony Mualushayi.
Um queniano foi preso após a explosão, embora o autor do ataque ainda permaneça incerto. Antony classificou o ocorrido como um “ato terrorista”.
Joel Kitausa, uma figura da sociedade civil local, também estimou o número de mortos em 10 e disse que 58 pessoas ficaram feridas. O porta-voz da operação militar de Uganda no país, no entanto, Bilal Katamba, disse na noite deste domingo que 16 pessoas morreram e 20 ficaram feridas com a explosão.
“Suspeitamos que as Forças Democráticas Aliadas (ADF) estejam por trás do ataque”, acrescentou Katamba. ADF são um grupo armado que opera na Uganda e na República Democrática do Congo. O grupo é ligado a extremistas islâmicos criados na década de 1990.
O alvo deste “atentado a bomba” eram “cidadãos em plena missa na paróquia da 8ª comunidade das Igrejas Pentacostais do Congo na cidade de Kasindi”, tuitou o Ministério da Comunicação.
Dos mais de 120 grupos armados no leste da República Democrática do Congo, o ADF é um dos mais mortíferos. Ele foi acusado de massacrar milhares de civis congoleses e de realizar ataques a bomba em Uganda. Agentes do ADF também plantaram bombas em cidades de Kivu do Norte no ano passado.