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Vêm à tona o estupro e gravidez da atriz Klara Castanho com desfecho surpreendente

Klara Castanho, de 21 anos, revelou que foi estuprada, engravidou e decidiu entregar o bebê diretamente para adoção

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Klara Castanho — Foto: Reprodução/Facebook

Neste sábado (25/06), viralizou uma carta aberta publicada pela atriz Klara Castanho, de 21 anos, onde revelou que foi estuprada, engravidou e decidiu entregar o bebê diretamente para adoção. O caso é assunto mais comentado nas redes sociais desde que o caso veio à tona.

A publicação, feita pela atriz, aconteceu na noite deste sábado (25/06), após o assunto se tornar um dos mais comentados nas redes sociais desde o começo da manhã deste sábado, quando o nome de Klara tem sido associado ao rumor. Então, ela resolveu contar tudo, após um movimento de pressão e muitas críticas nas redes sociais.

Tudo começou quando o jornalista Leo Dia, colunista do jornal Metrópoles, ter dito em uma entrevista ao Danilo Gentili, há 10 dias atrás, em 16 de junho, que sabia uma informação “inacreditável” sobre uma atriz e que a “conta” dela iria chegar, pois o caso “envolvia vidas”.

“TRAMA INACREDITÁVEL”

Ele não citou nomes, mas se referia à atriz Klara Castanho. Na ocasião, Gentili questionou Leo Dias se tinha alguma informação que ele “era doido para contar”, mas nunca contou, o colunista declarou, sem citar nomes: “Vivi um dilema recentemente, muito recente, esse mês. É coisa inacreditável, coisa da sociedade se questionar muitas vezes, mas envolve uma atriz… É muito pesado”.

Leo Dias prossegue. “Não é uma coisa feliz, é uma coisa…”, começa a dizer, quando é interrompido por Gentili: “Não precisa falar”. “Tá bom. É muito denso”, afirma. E Leo Dias emenda: “O carma vai ser grande”.

O apresentador do The Noite continua insistindo, e pergunta se a história envolve “uma pessoa que está enganando todo mundo”. O jornalista confirma, acrescentando: “Envolve vidas. Mas tem uma história de trama inacreditável”, confirma Leo Dias. “Mas a conta vai chegar”, completa.

Por fim, Gentili pergunta: “É maldade [o que essa pessoa fez]?”. O jornalista responde: “Eu acho. Mas envolve muita coisa e eu decidi não publicar”.

Atriz Klara Castanho – Foto: Reprodução/Facebook

PROTESTO DE ANTONIA FONTENELLE

Dias depois, Antonia Fontenelle deu mais detalhes do caso e ameaçou expor o nome da artista. Em um vídeo para o seu canal no Youtube ela expôs a história de ‘uma atriz da Globo’ que entregou o filho à adoção. No vídeo, Antonia contou que teria ouvido do colunista Leo Dias.

Mesmo sem nomear Klara, os internautas associaram as pistas dadas por Antonia e identificaram que seria ex-atriz mirim. Então, desde as primeiras horas de sábado, o assunto já era comentado nas redes sociais. Mais tarde, Leo Dias revelou toda a trama e os detalhes da gravidez da atriz.

CARTA ABERTA DE KLARA CASTANHO

Diante da polêmica, Klara escreveu uma carta aberta em que conta sobre a violência sofrida e suas consequências. “Não posso silenciar ao ver pessoas conspirando e criando versões sobre uma violência repulsiva e um trauma que sofri”, afirma ela. “Esse é o relato mais difícil da minha vida. Pensei que levaria essa dor e esse peso somente comigo.”

Ela diz ter sido abordada por uma enfermeira momentos após o parto, que ameaçou divulgar sua história. Logo em seguida, a atriz recebeu mensagens de um colunista. “Minha história se tornar pública não foi um desejo meu.”

“Fui estuprada. Relembrar esse episódio traz uma sensação de morte, porque algo morreu em mim. Não estava na minha cidade, não estava perto da minha família nem dos meus amigos”, diz a atriz.

A artista conta que não fez boletim de ocorrência na ocasião por se sentir envergonhada e culpada.

“Não estava na minha cidade, não estava perto da minha família, nem dos meus amigos. Estava completamente sozinha. Não, eu não fiz boletim de ocorrência. Tive muita vergonha, me senti culpada. Tive a ilusão que se eu fingisse que isso não aconteceu, talvez eu esquecesse”, contou Klara.

NÃO PERCEBEU A GRAVIDEZ ATÉ DIAS ANTES DE DAR À LUZ

Ainda de acordo com a nota da atriz, ela tomou todas as precauções após o crime e, nos meses seguintes, não teve diferenças físicas ou hormonais que a fizessem notar a gravidez. Porém, quando começou a passar mal, realizou um exame em que, no meio da consulta, descobriu a gestação.

Segundo Klara, a criança nasceu poucos dias depois de a gravidez ser descoberta.

“Contei ter sido estuprada expliquei tudo o que aconteceu. O médico não teve nenhuma empatia por mim. Eu não era uma mulher grávida que estava grávida por vontade e desejo, eu tinha sofrido uma violência. E mesmo assim esse profissional me obrigou a ouvir o coração da criança, disse que 50% do DNA eram meus e que eu seria obrigada a amá-lo”, contou a artista.

Abalada e ainda traumatizada, Klara optou por entregar a criança para adoção e realizou todo o trâmite legal que envolve o processo. A atriz contou que no dia do parto, logo após o nascimento, já foi ameaçada pelo risco de o caso se tornar público – por lei, é um direito da vítima e do bebê o segredo de Justiça.

“Eu, ainda anestesiada do pós-parto, fui abordada por uma enfermeira que estava na sala de cirurgia. Ela fez perguntas e ameaçou: ‘Imagina se tal colunista descobre essa história’. (…) Quando eu cheguei no quarto, já havia mensagens do colunista, com todas as informações. Ele só não sabia do estupro. Eu ainda estava sob o efeito da anestesia. (…) Conversei com ele, expliquei tudo que tinha me acontecido. Ele prometeu não publicar”.

Por fim, Klara disse que sua história se tornar pública não foi seu desejo, mas espera que, ao menos, tudo o que aconteceu sirva para “que mulheres e meninas não se sintam culpadas ou envergonhadas pelas violências que elas sofrem”.

PRONUNCIAMENTO DE LEO DIAS E ANTONIA FONTENELLE

Após a publicação da carta de Klara Castanho, Leo Dias postou, no Instagram, um texto confirmando que sabia do caso, mas optou por não divulgá-lo. O jornalista cita palavras como “fofoca” e “ética” e classificou o episódio como um “oportunidade para repensar o sofrimento sentido por mães”.

“Por vezes algumas, matérias surgem nas redações e nos deixam perplexos. O impacto que nos causa é tão grande que nos faz hesitar entre ignorar o assunto ou torná-lo público”, escreveu na legenda de uma foto com um rosto da atriz, e o título da matéria em sua coluna em que conta detalhes da gravidez e da adoção.

“Questões dolorosas que nos deixam pensativos, tristes, ao mesmo tempo em que nos fazem pensar que alguns dramas acontecem com frequência e, muitas vezes, no anonimato”, prosseguiu ele. Mais tarde, a redação do Metrópoles resolveu excluir a publicação.

Depois da publicação de Klara, internautas passaram a criticar a atitude de Antonia que foi às redes para se defender e insinuar que a atriz cometeu um crime.

“Eu gostaria de saber porque estão tão revoltadinhos comigo, me atacando por eu ter tido a coragem de mencionar uma história que ao meu ver é monstruosa, porém virou banal […] Parir uma criança e não querer ver e mandar desovar pro acaso É CRIME SIM, só acha bonitinho essa história de adoção quem nunca foi em um abrigo, ademais quando se trata de uma criança negra. O nome disso é ABANDONO DE INCAPAZ”, escreveu Antonia em post no seu Instagram.

Leia abaixo a carta aberta na íntegra:

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