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Autor de ataque a creche em SC é condenado a 329 anos de prisão

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Keli Adriane, Sarah Luiza, Anna Bela, Murilo Massing e Mirla Renner são as vítimas do atentando a creche em Saudades (SC) — Foto: Reprodução/Redes Sociais; Reprodução/NSC TV

Em 4 de maio de 2021, um trágico acontecimento chocou o Brasil: um homem invadiu uma creche na cidade de Saudades, em Santa Catarina, e matou três crianças e duas funcionárias. Depois de mais de um ano e um julgamento que durou dois dias, a Justiça proferiu a sentença.

O acusado recebeu uma condenação de 329 anos e quatro meses de prisão em regime fechado, com a possibilidade de recurso.

O júri popular se estendeu entre os dias 9 e 10 de agosto. No decorrer desses dias, diversos momentos marcaram o julgamento. O réu, que já estava em prisão preventiva desde o dia do crime, teve seus objetos pessoais, como computador e instrumentos, determinados pelo juiz a serem destruídos.

A sentença detalhada é a seguinte:
– 40 anos para cada uma das crianças falecidas: Murilo, Sara e Ana Bella.
– 30 anos para as funcionárias: Mirla e Keli.
– 26 anos e 8 meses para o menino de 2 anos que ficou ferido, mas sobreviveu.
– Oito anos para cada tentativa de homicídio.
Ao todo, o réu foi condenado por cinco homicídios triplamente qualificados e 14 tentativas de homicídio qualificadas contra outras pessoas que estavam na creche.

Além da pena de prisão, o juiz também determinou indenizações às famílias das vítimas:

  • R$ 500 mil para cada família de vítima falecida.
  • R$ 400 mil para a família do menino que sobreviveu ferido.
  • R$ 40 mil para cada tentativa de homicídio.

A prima de Keli Aniecevski, uma das professoras vítimas, Priscila Aniecevski, expressou seu sentimento sobre a decisão: “O júri foi bem complicado. No começo, a gente ficou bem apreensivo, tanto com a acusação quanto com a defesa. Mas eu pelo menos achei um resultado justo ele pagar por todos esses crimes dele. Eu me sinto aliviada por saber que ele não vai estar na rua. Nada vai trazer ela de volta, mas o sentimento de alívio é o que permanece.”

Os jurados, seis mulheres e um homem, levaram horas para deliberar, votando de 15h19 até 18h55. Quatro promotores de Justiça atuaram no júri, e eles conseguiram provar que o réu tinha plena capacidade mental quando cometeu o crime, conforme o Ministério Público de Santa Catarina.

Após a conclusão, o réu foi levado sob escolta para o presídio de Chapecó, enquanto moradores observavam do lado de fora do fórum em Pinhalzinho.

O primeiro dia de júri contou com a presença de familiares das vítimas e uma grande mobilização da comunidade. Houve uma operação de segurança envolvendo policiais e bombeiros. O município de Saudades disponibilizou suporte psicológico e médico para os envolvidos.

É importante ressaltar os nomes das vítimas do ataque para que sejam lembradas: Keli Adriane Aniecevski, Mirla Renner, Sarah Luiza Mahle Sehn, Murilo Massing e Anna Bela Fernandes de Barros.

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