Uma polêmica ação judicial envolvendo diversos artistas do cenário gospel ganha novos desdobramentos conforme artistas apresentam suas defesas. O processo foi aberto há alguns anos atrás, mas o assunto voltou a viralizar nesta semana após a publicação do caso pela jornalista Fábia Oliveira, do portal Metrópoles.
Segundo a jornalista, Matilde Moreira de Oliveira, ex-membra da Igreja Internacional da Graça, move uma ação contra o Missionário RR Soares, Thalles Roberto, André Valadão, Regis Danese, Aline Barros e Anderson Ricardo Freire, alegando que suas composições foram vendidas pelo Missionário RR Soares para outros artistas do meio gospel.
Segundo a mulher, um caderno que continha mais de 100 letras escritas por ela foi furtado da casa onde trabalhava com outras duas senhoras, também fiéis da igreja do missionário. Tempos depois, ela viu suas músicas sendo gravadas pelos citados anteriormente.
Em suas defesas apresentadas à Justiça, três dos réus se manifestaram sobre as acusações. O cantor Regis Danese contestou as alegações de Matilde, afirmando que não há provas que comprovem sua ligação com o suposto furto do caderno de capa dura onde as músicas teriam sido escritas.
Além disso, Danese destacou que Matilde não provou que as composições são de sua autoria e alegou não ter qualquer vínculo comercial ou conhecimento da acusadora.
Por sua vez, o Missionário RR Soares negou qualquer envolvimento nos fatos alegados por Matilde, alegando a ausência de provas que o associem ao suposto dano sofrido pela autora.
De acordo com Fábia Oliveira, ele ressaltou que nenhuma das composições citadas por Matilde foi explorada ou teve autoria atribuída a ele. Soares também questionou o método de criação descrito pela acusadora, apontando a falta de outros documentos além do caderno e a ausência de rascunhos, considerando-o duvidoso.
O pastor da Igreja Batista da Lagoinha, André Valadão também se defendeu das acusações, afirmando não conhecer Matilde e alegando falta de sustentação factual em suas alegações. Valadão contestou a necessidade de seu envolvimento no debate judicial, destacando que Matilde baseou suas afirmações em suposições e apresentou informações incompletas. O cantor gospel afirmou não ter praticado qualquer ato ilícito e argumentou que a autora precisa comprovar adequadamente sua autoria em litígios de direitos autorais.
A ação movida por Matilde Moreira de Oliveira solicita a correção com juros de todo o lucro musical gerado pelas canções supostamente “furtadas”, bem como a substituição do nome do compositor nos registros pelo nome da própria autora.
Além disso, ela requer uma liminar para interromper a reprodução das músicas imediatamente e busca uma indenização por danos morais não inferior a R$ 100 mil para cada sucesso, sendo estabelecido o valor total da causa em R$ 500 mil.
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