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Casas de judeus são marcadas com estrela de Davi em Berlim; entenda

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A polícia da Alemanha está investigando uma série de denúncias feitas por moradores judeus em Berlim, que afirmam ter encontrado a estrela de Davi desenhada ou colada nas entradas de suas casas. Essas denúncias vêm à tona em meio à crescente escalada do conflito entre Israel e o grupo extremista palestino Hamas.

A estrela de Davi, símbolo associado ao judaísmo, foi infelizmente amplamente utilizada pelos nazistas na Alemanha durante o governo de Adolf Hitler para marcar as residências e estabelecimentos de judeus, como parte de uma estratégia de intimidação e perseguição.

As denúncias recentes têm preocupado o governo alemão, que vê com apreensão o retorno dessas pichações, evocando um período sombrio da história do país. Uma jovem judia de 28 anos relatou ter encontrado a estrela de Davi na porta de sua casa em Berlim, no bairro de Prenzlauer Berg, na noite de quinta-feira, 11 de outubro.

Em uma entrevista ao jornal Bild, ela afirmou ter ligado para a polícia para denunciar o incidente, mas foi surpreendentemente orientada a remover o símbolo por conta própria para “evitar mais algum tipo de retaliação”.

“Eu falo hebraico, faço ligações em hebraico e uso uma estrela de Davi. Pensei muito em ficar em casa. Estou assustada porque não consigo mesmo avaliar o nível de ameaça”, declarou a jovem. A polícia local segue investigando a autoria por trás desses atos de vandalismo.

Berlim tem sido palco de incidentes em que casas de judeus têm sido vandalizadas nas últimas semanas, à medida que a guerra entre Israel e o grupo terrorista Hamas na Faixa de Gaza entra em uma nova escalada. A polícia alemã recebeu várias denúncias de estrelas de Davi desenhadas ou coladas nas paredes de edifícios onde pessoas judias vivem na cidade.

O uso desse símbolo, que possui profundo significado para o judaísmo, como um instrumento de perseguição durante o regime nazista, causa justificada inquietação.

Outra vítima desses atos de vandalismo, identificada apenas como Yael, relatou que mora em Berlim há oito anos e encontrou pichações em um imóvel próximo de onde reside, no caminho que seu filho faz para a escola. “É um soco no estômago”, afirmou ela.

Diante dessas ocorrências, a polícia alemã anunciou a abertura de uma investigação e reforçou a segurança em torno das áreas onde reside a comunidade judaica em Berlim. A crescente onda de antissemitismo tem sido associada ao agravamento do conflito no Oriente Médio, que teve início em 7 de outubro, quando o Hamas lançou ataques contra Israel, levando à resposta militar israelense com bombardeios na Faixa de Gaza e a imposição de um cerco à região.

Até o momento, o conflito já resultou em 3.515 mortes, com 1.300 israelenses e 2.215 palestinos perdendo a vida. Esforços diplomáticos têm sido feitos por diversos países, incluindo os Estados Unidos e nações europeias, para buscar uma solução pacífica para o conflito. O Irã negou qualquer envolvimento nos ataques, enquanto o ex-presidente brasileiro Luiz Inácio Lula da Silva classificou os ataques como “terrorismo”, embora tenha adotado uma abordagem mais ponderada em relação ao episódio.

A operação de repatriação “Voltando em Paz” já trouxe de volta ao Brasil 915 brasileiros que estavam na região de conflito, mas infelizmente três brasileiros perderam a vida: Ranani Glazer, Bruna Valeanu e Karla Mendes.

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