Dois pastores foram condenados a 21 anos de prisão em regime fechado pela morte do adolescente Lucas Terra em 2001, após serem julgados pelos crimes de homicídio triplamente qualificado e ocultação de cadáver.
As penas: Fernando Aparecido da Silva: 18 anos de reclusão, agravada para 21 anos de prisão; e, Joel Miranda: 18 anos de prisão, agravada em 21 anos.
A sentença foi proferida pela juíza Andréia Sarmento na noite de quinta-feira (27/04), e cabe recurso.
Lucas Terra, que tinha 14 anos na época, foi queimado vivo e teve o corpo abandonado em um terreno baldio de Salvador. Os pastores Joel Miranda e Fernando Aparecido da Silva foram acusados de cometer o crime por motivo torpe, emprego do meio cruel e impossibilidade de defesa da vítima.
Além disso, Lucas Terra também teria sido estuprado pelos pastores após flagrar uma relação sexual entre os dois dentro de um templo da Igreja Universal do Reino de Deus, na capital baiana.
Durante todo o julgamento, a mãe da vítima, Marion Terra, acompanhou as audiências e se emocionou diversas vezes.
No primeiro dia do júri, cinco testemunhas de acusação e uma de defesa foram ouvidas. Entre as testemunhas de acusação, estava a mãe da vítima, Marion Terra, que se emocionou bastante durante o depoimento.
No segundo dia, que durou cerca de 10 horas, as esposas dos dois pastores testemunharam a favor dos réus.
A defesa dos réus focou em demonstrar como era a rotina dos pastores Joel Miranda e Fernando Aparecido na semana em que Lucas desapareceu e foi encontrado morto. As esposas dos dois religiosos contaram que estavam com os réus no dia em que Lucas teria desaparecido.
Durante a tarde e a noite desta quinta-feira, os promotores de Justiça e os advogados de defesa dos pastores Joel Miranda e Fernando Aparecido da Silva participaram da fase de debate. Cada um deles buscou convencer os jurados do Conselho de Sentença por 2h30. Depois, os representantes do Ministério Público da Bahia optaram por não pedir a réplica e os jurados se reuniram na sala especial para votação.
O julgamento dos pastores Joel Miranda e Fernando Aparecido da Silva levou 22 anos para acontecer. As esposas dos pastores disseram que irão recorrer da decisão.
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