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Cidade na Índia acredita que abriga a tumba de Jesus Cristo

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Suposto túmulo de cristo em Caxemira - Imagem: Indrajit Das

Conhecido por seus seus templos budistas, o Japão também abriga, segundo teorias, um local em que estaria enterrado o corpo de Jesus Cristo. O santuário de Srinagar está no centro de especulações que afirmam que Cristo sobreviveu à crucificação e morreu posteriormente na região de Caxemira, uma crença alimentada por livros populares como “Jesus viveu na Índia”, do alemão Holger Kersten.

O local fica na cidade de Srinagar, na região indiana da Caxemira, em uma área disputada pelos governos indiano e paquistanês. Segundo teorias, Jesus teria sobrevivido à crucificação, fugido para as profundezas da Ásia e morrido com uma idade muito avançada no que é hoje Srinagar, centro urbano com uma trajetória que remonta à era pré-cristã.

O local é hoje cercado por prédios sem acabamento e emaranhados de fios elétricos (algo típico dessa cidade indiana, que hoje tem mais de 1 milhão de habitantes), o templo é uma pequena e humilde edificação que abriga os restos mortais de um homem chamado Yuz Asaf, tido como um profeta que chegou à Caxemira vindo de um território estrangeiro há muitos séculos. Ele, segundo fiéis, é que seria Jesus Cristo.

Essa hipótese foi levantada por adeptos de um movimento do islamismo batizado de “ahmadiyya”, fundado no século 19 na então Índia britânica por um homem chamado Mirza Ghulam Ahmad. Eles acreditavam que Jesus caiu inconsciente durante o sofrimento da crucificação.

Eles também acreditam que Cristo foi levado a seu sepulcro como se estivesse morto, ele recuperou seus sentidos, foi tratado pelos seus seguidores, deixou sua tumba e resolveu fugir da jurisdição romana — e para isso, empreendeu uma longa jornada rumo ao oriente que atravessou territórios que são hoje parte de Síria, Turquia, Irã, Afeganistão e da Caxemira.

“Jesus foi em busca das tribos perdidas de Israel. Das doze tribos de Israel, apenas duas estavam na região onde Jesus pregou. As outras dez tribos, em decorrência do exílio, se estabeleceram em territórios orientais, especialmente no Afeganistão e na Caxemira. Era imperativo que Jesus fosse para o leste para completar sua missão”, diz uma teoria publicada pela comunidade ahmadiyya.

O movimento ahmadiyya afirma que, após se encontrar com esses povos e completar sua missão, Jesus viveu na Caxemira até seus 120 anos, morrendo de causas naturais. Para os fiéis, a prova de tudo isso, é a tumba de Yuz Asaf que, há séculos, ocupa o interior do templo de Rozabal em Srinagar.

A teoria, no entanto, não é aceita por quase nenhuma vertente do islamismo e a maioria dos muçulmanos vê Jesus como um profeta que ascendeu ao céu — o que, para eles, já invalida de cara as ideias de Mirza Ghulam Ahmad.

Ao chegar ao templo, porém, não há nenhum sinal indicando que ali estão os restos mortais do filho de Maria. E tampouco há filas de cristãos ávidos por entrar no local. Todas as placas indicam que, lá, em um apertado interior pintado de verde e com paredes descascadas, estão os ossos de um homem realmente chamado Yuz Asaf.

Em 2010, autoridades de Srinagar proibiram a entrada de turistas estrangeiros no santuário. Mohammed Amin Ringshawl, responsável pelo santuário na época, afirmou que o interesse pelo local não é bem-vindo e que os moradores se incomodam com a presença dos estrangeiros.

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