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Mundo Cristão

Eli Soares está entre as vítimas de empresa suspeita de golpes milionários com leis de incentivo

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Segundo o advogado que representa o cantor, Eli Soares fechou um contrato de prestação de serviços para uma consultoria na captação de recursos via Lei Rouanet, mas os prazos não foram cumpridos e os valores prometidos não foram pagos - Foto: Reprodução/Instagram

O cantor gospel Eli Soares, com mais de 1,1 milhão de seguidores nas redes sociais, é uma das vítimas de uma empresa de Campinas (SP) suspeita de aplicar golpes milionários usando leis de incentivo. A informação é da EPTV, afiliada da TV Globo.

Segundo o advogado Leonardo Girundi, a empresa Meekah, especializada em assessorar projetos culturais, sociais e educacionais, recebeu grandes somas de dinheiro para intermediar pedidos de recursos públicos, mas não cumpriu os acordos feitos com seus clientes.

Eli Soares firmou um contrato com a empresa para serviços de consultoria na captação de recursos via Lei Rouanet, mas os prazos não foram cumpridos e os valores prometidos não foram pagos.

“Depois de muita insistência e de vários e-mails e comunicações, foi feita uma ligação de vídeo onde foi prometido que seria feito o pagamento imediatamente, no mesmo dia, o que também não aconteceu. O primeiro pagamento aconteceu dois meses após essa ligação de vídeo e somente dois pagamentos foram feitos. Esses pagamentos não correspondem nem a 2% do valor do contrato”, detalhou Girundi ao EPTV.

Fachada do último endereço informado pela Meekah, em Campinas (SP) — Foto: Reprodução/EPTV

Acusações de Funcionários e Outros Clientes

Uma ex-funcionária da Meekah, que preferiu não ser identificada, revelou que a empresa recebia até R$ 10 milhões por mês em contratos de assessoria. “R$ 6 milhões, R$ 4 milhões, R$ 10 milhões. Os valores eram altos, os valores de venda mensal”, disse ela. A ex-funcionária trabalhou como vendedora por um ano, mas não recebeu salários desde dezembro e foi demitida em março sem direitos trabalhistas.

A advogada Carolina Defilippi representa dez clientes que também relatam prejuízos com a empresa. Ela afirma que a Meekah não executava os serviços de assessoria para captação de recursos de forma legítima. “Eles jamais chegaram a, de fato, apresentar os projetos feitos pelos clientes. Esses projetos nunca foram inscritos para a Lei Rouanet e para o Proac”, afirmou Defilippi.

Investigações da Polícia Civil

Devido à complexidade do caso e ao número crescente de denúncias, a investigação foi transferida para a Delegacia de Investigações Gerais (DIG) de Campinas. Segundo o delegado Luiz Fernando Dias de Oliveira, é fundamental comprovar que a obtenção de recursos pela empresa foi feita de maneira legítima. “A partir do momento que você comprova que o aporte de recursos se deu de uma maneira ilegítima, criminosa, a gente pode vir a falar também na possibilidade de uma investigação pela lavagem desse capital”, explicou ele.

Depoimentos de Clientes Lesados

A assistente administrativa Sabrina Almeida e seu marido contrataram a Meekah para obter financiamento para a realização de um show, mas nunca receberam a verba prometida. “Pagamos R$ 5 mil para obter a verba de R$ 1 milhão para execução desse projeto. Desde então, já se passaram dois anos, não recebemos nada. Espero que alguma autoridade faça alguma coisa para pará-los”, disse ela.

A empresa também era conhecida por oferecer outros tipos de produtos, como financiamento para compra de casa própria e para educação.

O Que Diz a Empresa?

Segundo a EPTV, a empresa afirmou, em nota, que “tem sido vítima de factoides e manifestações de ódio” e que algumas pessoas estariam promovendo mobilizações para prejudicar a empresa. Ela alega que já processou algumas das pessoas responsáveis pelas acusações.

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