Uma nova estátua que foi colocada no topo de um tribunal de Manhattan, em Nova York, está gerando polêmica entre os nova-iorquinos. A escultura feminina brilhante e dourada de 2,5 metros, emergindo de uma flor de lótus rosa, está usando a gola de renda da juíza Ruth Bader Ginsburg.
A estátua foi feita pela artista paquistanesa-americana Shahzia Sikander, de 53 anos, e foi erguida no telhado do tribunal da Divisão de Apelação, Primeiro Departamento Judicial da Suprema Corte do Estado de Nova York, ao lado de estátuas de uma série de outros legisladores famosos.
O monumento, no entanto, chama atenção de internautas que classificaram a estátua como “demoníaca” e uma “atrocidade estética”.
SOBRE A ESTÁTUA
Batizada de “AGORA”, a estátua é uma figura feminina emergindo de uma flor de lótus rosa. Possui tranças em forma de chifres com avental de renda judicial. O objetivo, segundo a artista que a criou, é homenagear Ruth Bader Ginsberg.
Ruth Bader Ginsburg foi uma juíza norte-americana que serviu como juíza associada da Suprema Corte dos Estados Unidos de 1993 até sua morte, em 2020. Foi indicada para o cargo pelo presidente Bill Clinton e empossada em 10 de agosto de 1993.
Ruth foi idolatrada pela esquerda norte-americana durante décadas como a mais proeminente juíza da ala liberal no Supremo. Ela defendia a causa das mulheres, principalmente o direito ao aborto. Ginsburg morreu aos 87 anos em setembro de 2020 devido a complicações de câncer pancreático metastático, após servir 27 anos na Suprema Corte.
Diante disso, a artista paquistanesa americana, responsável pela estátua, disse que a escultura fazia parte de um “acerto de contas cultural urgente e necessário”. “Ela é uma mulher feroz e uma forma de resistência em um espaço historicamente dominado pela representação patriarcal”, disse.
Além disso, afirmou que o trabalho foi chamado de “AGORA” porque era necessário “agora” em uma época em que os direitos reprodutivos das mulheres estavam sob cerco depois que a Suprema Corte dos EUA anulou em junho o direito constitucional ao aborto.
“Com a morte de Ginsburg e a reversão de Roe, houve um retrocesso no progresso constitucional das mulheres”, acrescentou.
‘ESTÁTUA DEMONÍACA’
O monumento possui chifres, braços com tentáculos e um corpo nu emergindo de uma flor, que segundo internautas, se parece mais com homenagem aos deuses do sacrifício de crianças. Alguns relembraram que deuses pagãos como Baal e Moloch eram regularmente representados com chifres para mostrar seu poder.
Nas redes sociais, houve protestos contra a estátua:
“Houve alguma contribuição pública antes de um demônio medusa dourado satânico com braços de tentáculos ser instalado no topo de um tribunal no centro da cidade? Quem acha que está tudo bem? E como fazemos para removê-lo?”, questionou a vereadora de Nova York Vickie Paladino.
O ex-assessor da Casa Branca, Stephen Miller, por sua vez, chamou a estátua de “profanação visual da paisagem”.
Autor best-seller internacional e vencedor do Prêmio Edgar, Andrew Klavan também comentou sobre a estátua, postando no Twitter: “O tribunal de Nova York adicionou essa atrocidade estética às suas esculturas de grandes legisladores. O objetivo é honrar a postura pró- aborto de Ruth Bader Ginsburg, retratando uma mulher com chifres de cabra demoníacos que claramente perdeu o poder de se reproduzir. Ou alguma coisa”.
O ex-editor do Breitbart e apresentador de podcast político Ben Shapiro postou no Twitter: “Se você olhar para RBG Medusa no topo do tribunal de Nova York, seu útero se transforma em pedra”.
No brasil, houve também preocupação com a exposição da estátua no prédio da Suprema Corte: “Essa monstruosidade tem como propósito ‘equalizar’ o feminino no mesmo nível do masculino. Tal qual sabemos é uma heresia de acordo com a Bíblia, onde vemos em 1 Coríntios 11 que o homem é a cabeça da mulher, e o Messias a cabeça do homem”, comentou uma internauta.
Veja mais fotos da estátua abaixo:
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