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Gospel

Evangélico com 70% do corpo tatuado enfrenta julgamentos e preconceito: “Capeta indo para o culto”

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As modificações corporais começaram quando Adriano tinha 33 anos. Ele compartilha jornada de fé e modificações corporais, enfrentando preconceitos com resiliência - Foto: Reprodução

Adriano Lemos, com 33 anos, tem mais de 70% do corpo coberto por tatuagens, além de outras modificações corporais marcantes. Infelizmente, ele enfrenta julgamentos diariamente, principalmente na internet, onde compartilha seu dia a dia com os seguidores.

As modificações corporais de Adriano, que incluem uma cruz sobressaltada na testa, olhos roxos, língua partida ao meio e alargadores no nariz, começaram quando ele tinha 16 anos. Um ano depois, ele se converteu ao evangelho, experiência que, segundo ele, trouxe ainda mais sentido à sua vida.

“Comecei a admirar a modificação corporal na adolescência e decidi fazer. Através dessa admiração, tudo se encaixou nos propósitos que Deus tinha e tem através da minha vida”, contou ao UOL.

O processo de modificação corporal, integrado à sua fé, converteu-se em uma marca registrada de sua identidade. Em seu perfil nas redes sociais, vídeos onde apresenta detalhes das suas modificações, como o processo de higienização dos alargadores, atraem a atenção de milhões. Um destes vídeos já acumula mais de 50 milhões de visualizações.

Embora compartilhe momentos leves e educativos em suas plataformas, Adriano também enfrenta preconceitos e julgamentos frequentes. Muitos questionam sua fé devido à sua aparência, com comentários que vão de curiosidades e estranhamentos a ofensas diretas, rotulando-o de “capeta”.

Apesar das críticas, Adriano se mostra resiliente e seguro da sua jornada.

“Eu sei lidar com qualquer crítica, inclusive com pessoas com visão de religiosidade, pessoas que me julgam sem me conhecer. Afinal, sei bem os propósitos de Deus na minha vida e através da minha vida, então as críticas e palavras ofensivas não vão parar meu chamado em Deus,” defendeu-se. E acrescentou que há também quem o veja de forma positiva, referindo-se a ele como “anjo tatuado”.

Adriano vive em Rio Claro, São Paulo, e frequenta a igreja Bola de Neve, onde é bem aceito. Contudo, admite que a recepção pode ser menos acolhedora em outros espaços religiosos com doutrinas mais rígidas. Ele destaca a importância da compreensão e do conhecimento para superar o preconceito, “Geralmente, quem comenta algo assim, são as pessoas que nem fizeram questão de conhecer um pouco da minha história”.

Além do trabalho como influencer, Adriano tem uma trajetória dedicada aos cuidados com animais, atuando como cuidador e passeador de cães. Seu amor pelos animais é tanto que sonha em abrir um abrigo para animais abandonados e carentes, projeto que já começou a mobilizar recursos através de uma “vakinha” online.

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