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Caso Kauã e Joaquim: ex-pastor Georgeval Alves é condenado a 146 anos de prisão por estuprar, torturar e matar filho e enteado

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Georgeval Alves, condenado por estuprar, torturar e matar o filho e enteado em Linhares (ES) - Foto: Fernando Madeira/Rede Gazeta

O ex-pastor Georgeval Alves Gonçalves foi condenado a 146 anos e quatro meses de prisão por estuprar, torturar e matar o filho e enteado, os irmãos Kauã e Joaquim, em Linhares, Norte do Espírito Santo, em 2018.

O julgamento, que começou na terça-feira (18/04), terminou nesta quarta-feira (19/04), após ter sido adiado no início do mês. A sentença foi lida no início da noite no Fórum de Linhares, onde o caso foi julgado, após reunião dos jurados do conselho de sentença.

Georgeval foi julgado pelas acusações de duplo homicídio qualificado, duplo estupro de vulnerável e tortura. Durante o julgamento, foram apresentadas provas contundentes que mostraram a participação direta do acusado nos crimes.

Minutos antes de a sentença ser lida dentro do fórum, familiares de Kauã fizeram uma oração em homenagem aos meninos. Eles deram as mãos e oraram, enquanto várias pessoas que acompanharam o julgamento no local também se uniram à família.

A defesa do ex-pastor tentou abandonar o caso alegando ameaças, mas o juiz determinou que um advogado dativo fosse designado para defender o réu pago pelo Estado. Apesar disso, o advogado originalmente contratado afirmou que não havia abandonado o caso.

ENTENDA O CASO

O caso aconteceu em abril de 2018, quando as crianças morreram carbonizadas no quarto onde dormiam, após um incêndio que atingiu apenas o cômodo.

Inicialmente, o ex-pastor alegou que o incêndio teria sido um acidente doméstico e que ele havia tentado salvar as crianças, mas as investigações da polícia desmentiram essa versão.

“Eu vi um fogo muito grande. Eu corri desesperado, eu escutei o choro deles, a gritaria, eles gritando pai, pai, pai. Eu coloquei a mão na cama e não consegui pegar. Eles se abraçaram, eu não consegui, o fogo estava muito quente, queimei meus pés, minhas mãos. Eu saí, estava só de cueca, gritando. Comecei a desesperar, duas pessoas vieram e me tiraram da casa, eu tentei uma três vezes entrar para salvar mas já não ouvia mais a voz deles”, contou Georgeval na época logo após a morte das crianças.

Horas depois do incêndio, Georgeval fez um culto na igreja onde era pastor. Depois do culto ele vai a uma pizzaria em Linhares, e aparece com os pés enfaixados.

Segundo a polícia, Georgeval Alves estuprou e agrediu as crianças antes de atear fogo no quarto onde elas dormiam para ocultar o crime. O ex-pastor foi preso uma semana após o incêndio e negou as acusações durante todo o processo.

Durante a investigação, a mãe das crianças, Juliana Salles, chegou a ser presa duas vezes, acusada de omissão e de saber que os filhos corriam risco com o ex-marido. No entanto, a Justiça não encontrou provas do envolvimento dela na morte das crianças e o processo contra ela foi arquivado.

O juiz André Dadalto destacou em sua sentença a gravidade do crime e a necessidade de punir o culpado de forma exemplar.

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