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Minas Gerais

Funcionária que era obrigada a rezar “pai-nosso” processa empresa e ganha 10 mil de indenização

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Funcionários eram obrigados a rezar antes do trabalho - Foto/Ilustratuva: Isabella e Zsa Fischer

Uma faxineira ganhou 10mil de indenização contra uma empresa em Belo Horizonte, que a obrigava a rezar o “pai-nosso” todos os dias em que chegava ao trabalho, ainda que não os funcionários não professassem a fé cristã.

O processo foi movido na Justiça do Trabalho de Minas Gerais. Os detalhes do caso mostraram que a diretora da empresa reunia toda a equipe para uma “Reza do Pai-Nosso”. Às vezes, a vítima tentou fugir chegando atrasada, mas foi repreendida pela chefe, que “se dirigiu a ela com xingamentos, ofendendo o caráter e ameaçando diminuir o salário”, informa o processo.

A mulher disse que o constrangimento para rezar era apenas um entre tantos outros casos de assédio que viveu na empresa e que se intensificaram nos últimos dois anos, ao ponto em que resolveu pedir demissão e processar o empregador.

Quando teve uma gestação de alto risco, a empregada disse que foi humilhada pela chefe, que disse que “gravidez não é doença”.

Em defesa, a empresa que atua no ramo de saúde afirmou que “isso não ocorreu, tendo em vista que a empresa sempre foi extremamente tolerante com os erros e abusos cometidos, solidarizando-se com os problemas de saúde que a ex-empregada vinha sofrendo somados à gravidez. Como a estratégia ardilosa da trabalhadora não se concretizou, ela resolveu pedir demissão, pois já não queria mais trabalhar.”

A empresa porém perdeu o processo e foi condenada, no Tribunal Regional do Trabalho de Minas Gerais, ao pagãmente de R$ 10 mil reais a título de danos morais.

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