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Mundo Cristão

Hospital da USP tem 280 crianças e adolescentes fazendo transição de gênero

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Cerca de 280 crianças e adolescentes estão em processo de transição de gênero no Hospital das Clínicas (HC) da Universidade de São Paulo (USP). Além desse público, há 100 adultos, a partir dos 18, na mesma situação.

A informação foi divulgada pelo portal G1 neste domingo (29/01), em homenagem ao Dia da Visibilidade Trans.

Segundo o site, há 100 crianças de 4 a 12 anos e 180 adolescentes de 13 a 17 que “decidiram”, junto com os pais, fazer a transição de gênero. O site também entrevistou jovens e seus pais, que relataram como funciona o procedimento, cujas etapas envolvem bloqueio da puberdade, a hormonização cruzada e, em alguns casos, até cirurgia de redesignação sexual.

Uma das crianças entrevistadas, Gustavo Queiroga, de 8 anos, faz acompanhamento no Ambulatório Transdisciplinar de Identidade de Gênero e Orientação Sexual (Amtigos) do HC da USP. “Um dia, eu ia conseguir o que eu queria. E eu consegui”, disse ele.

“Eu me sentia muito inseguro. Sentia que não tinha pessoas confiáveis, mas eu tinha minha mãe, minha família”, disse ele, que biologicamente nasceu com características físicas femininas, mas se sente um menino. Ele mora com a mãe e a família na capital paulista.

“Eu percebi que o Gustavo era uma criança trans quando ele tinha 2 anos de idade. Ele sempre rejeitava tudo que era feminino”, disse a mãe da criança, Jaciana Batista Leandro de Lima, chefe de cozinha e assistente de cabeleireiro de 35 anos.

‘Percebi que o Gustavo era uma criança trans quando ele tinha 2 anos’, diz mãe

Hoje, no Amtigos, há 160 famílias com menores de idade que querem passar pela transição de gênero.

O Amtigos foi criado em 2010 e funciona no HC da USP, com a finalidade de atender gratuitamente adultos pelo Sistema Único de Saúde. Sem custos para o paciente, o Ministério da Saúde também disponibiliza um “Processo Transexualizador” em mais de 10 localidades.

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