O Papa Francisco, líder máximo da Igreja Católica, em meio a um período de resfriado, recusou-se a ler o discurso preparado para um evento sobre antropologia cristã, optando por delegar essa tarefa ao monsenhor Filippo Ciampanelli. No entanto, ele fez questão de abordar um tema de grande relevância em sua fala: a ideologia de gênero.
Durante a abertura do simpósio intitulado “Homem-Mulher: imagem de Deus”, promovido pelo Centro de Pesquisas de Antropologia de Vocações, o Papa destacou a importância do encontro entre homens e mulheres. Ele alertou os participantes sobre o que chamou de “perigo mais terrível”, a ideologia de gênero, que, segundo suas palavras, “anula as diferenças e torna tudo igual”.
“Gostaria de sublinhar uma coisa: é muito importante que haja esse encontro entre homens e mulheres, porque hoje o perigo mais terrível é a ideologia de gênero, que anula as diferenças”, disse o Papa na abertura do simpósio.
Francisco expressou sua preocupação com essa ideologia, enfatizando que “cancelar a diferença é cancelar a humanidade”. Essa não é a primeira vez que o Papa aborda o tema. Em janeiro passado, ele já havia condenado a chamada teoria de gênero como uma “colonização ideológica que provoca feridas e divisões”.
Nos últimos meses, o pontífice tem enfrentado críticas do clero ultraconservador, especialmente após autorizar a bênção para casais homoafetivos, desde que sem caráter ritualístico. Além disso, o Vaticano confirmou recentemente que pessoas transgênero podem ser batizadas e apadrinhar outros indivíduos.
Essas decisões têm gerado controvérsias, com o arcebispo italiano Carlo Maria Viganò chegando a acusar o Papa de ser um “servo de Satanás” e “usurpador”. Essa oposição reflete as divisões dentro da Igreja Católica em relação a questões de gênero e sexualidade.
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Brasil e Mundo5 dias atrás
