Influenciadora Karol Eller morre aos 36 anos, após deixar carta de despedida: “Perdi a guerra”

A influenciadora digital e apoiadora de Jair Bolsonaro, Karol Eller, morreu na noite da noite desta quinta-feira (12/10), em São Paulo. A triste notícia foi confirmada pelo deputado federal Nikolas Ferreira (PL-MG), que, comovido, declarou em suas redes sociais: “Escrevo isso praticamente sem forças, mas infelizmente Karol Eller veio a óbito. Que o Senhor conforte a vida de seus familiares”.

Momentos antes de seu falecimento, Karol postou em sua conta do Instagram, onde contava com quase 600 mil seguidores, uma mensagem que soava como despedida: “Perdi a guerra!”, escreveu ela, seguida de um endereço em São Paulo e um alerta ao Corpo de Bombeiros sobre sua intenção de suicídio. “Me perdoem por causar toda essa dor aos que me amam! Se cuidem por aqui”, finalizou.

Recentemente, a influencer havia chamado atenção ao anunciar sua renúncia à prática homossexual, após uma experiência em um retiro religioso. “Sim, eu renunciei à prática homossexual, eu renunciei vícios e renunciei os desejos da minha carne para viver em Cristo! Que Deus abençoe vocês!”, compartilhou em suas redes.

Karol Eller, prima de terceiro grau da renomada cantora Cassia Eller, tinha uma trajetória marcada por superações e desafios. Antes de ganhar destaque como influenciadora, atuou como promotora de eventos e compartilhou com seus seguidores experiências de vida nos Estados Unidos. Além de sua significativa presença no Instagram, possuía uma base forte de seguidores no Facebook, com 700 mil pessoas a acompanhando.

Há quatro anos, Eller tornou-se manchete após sofrer um ataque homofóbico na praia da Barra da Tijuca, no Rio de Janeiro. Na época, a influenciadora pediu orações e agradeceu o apoio recebido:

“Gostaria que vocês lembrassem de mim com esse rosto! Deus está no comando de tudo. Agora estou sem condições de falar ou fazer vídeos explicando! Mas quando eu estiver bem, eu volto pra falar com vocês. Obrigada a todos pelo suporte. Orem por mim”, expressou.

Sua aproximação com a família Bolsonaro lhe rendeu, no final de 2019, uma nomeação para um cargo na Empresa Brasil de Comunicação (EBC). Contudo, após participação em atos em janeiro deste ano, foi exonerada.

Karol, defendendo-se, comentou na época: “Estão procurando culpados, mas cabe a cada um de nós apresentar provas, pois fatos não podem ser contestados, de que nossa intenção era participar de uma manifestação pacífica, conforme assegura a constituição”.

A influenciadora teve forte relação com diversas personalidades, incluindo Renan, filho do ex-presidente Bolsonaro, e ex-ministros como Paulo Guedes e Damares Alves. Sua partida foi lamentada por diversos parlamentares e membros da sociedade, além da comunidade evangélica.

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