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Jornal Nacional: o que estava escrito na mão de Bolsonaro

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Bolsonaro usou "cola" com algumas palavras na palma da mão durante a sabatina no JN - Foto: Reprodução/TV Globo

Na entrevista ao Jornal Nacional na noite desta segunda-feira (22/08), o presidente Jair Bolsonaro (PL) recorreu novamente à estratégia de anotar palavras nas mãos para tentar chamar a atenção do público para pautas que dificilmente seriam abordadas pelos jornalistas.

O texto foi capturado por uma das câmeras do estúdio quando o candidato à reeleição levantou as mãos enquanto falava. O assunto virou meme nas redes sociais.

Na mão esquerda, Bolsonaro escreveu o nome de três países e também o nome de um doleiro conhecido da Lava Jato. “Nicarágua, Argentina, Colômbia, Dario Messer”. No entanto, ao longo da entrevista de 40 minutos, nenhum desses assuntos foi abordado por ele. Mas, por quê esses nomes?

Nicarágua enfrenta um racha com a Igreja Católica, no qual o presidente Daniel Ortega é acusado de mandar prender um bispo crítico ao seu governo. A Argentina é outro tema que Bolsonaro gosta de mencionar. Isso porque o governo dos peronistas Alberto Fernández e Cristina Kirchner simpatiza-se com Lula. A inflação anual do país deve ultrapassar 90% até o fim deste ano.

Já a Colômbia diz respeito ao novo presidente, Gustavo Petro, de extrema esquerda. Na semana passada, o chefe do Executivo mudou a cúpula das Forças Armadas e defendeu os militares em uma “posição pacífica”. Além disso, Petro anunciou mais “diálogo” entre seu governo e as guerrilhas do narcotráfico.

Já Dario Messer, conhecido como o “doleiro dos doleiros”, foi condenado em junho em segunda instância pela Justiça Federal a 13 anos de prisão pelo crime de lavagem de dinheiro em desdobramentos da Operação Lava Jato no Rio de Janeiro. Meses depois, no entanto, a Justiça Federal do Rio de Janeiro absolveu Messer.

SEGUNDA VEZ

Esta não foi a primeira vez que Bolsonaro recorreu à cola na mão para lembrar de assuntos importantes a serem abordados. Na última vez, ao longo de sabatinas promovidas nas eleições de 2018, ele apareceu no debate com os dizeres “Deus”, “Família” e “Brasil” escritos na sua mão.

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