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Gospel

Jotta A revela raiva ouvindo Malafaia durante adolescência, e descarta temor do inferno

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Jotta A falou da sua transição de gênero e mais detalhes da sua adolescência, em meio à carreira gospel

Em uma entrevista recente ao Universal UOL, Jotta A, figura conhecida no mundo gospel, falou abertamente sobre sua jornada de transição de gênero e a forma como vive atualmente “sem medo do pecado”.

Na entrevista, a agora cantora pop refletiu sobre momentos de introspecção profunda durante a pandemia, mencionando como decidiu começar sua transição de gênero após vestir roupas femininas. “Eu me senti eu mesma. Eu me senti acolhida. Naquele exato momento, decidi começar a transição”, disse Ella, como agora prefere ser chamada.

Ella também revelou desafios encontrados em sua jornada, especialmente devido à sua carreira no meio gospel e à relação com o pastor Silas Malafaia, que tem posições conhecidas contra a chamada “ideologia de gênero”. “Passei a adolescência inteira ouvindo esse tipo de pregação e isso fez acumular certa raiva dentro de mim”, comentou.

“Assim que saí do programa do Raul Gil, com 14 anos, fui empresariada pelo Silas Malafaia, pastor que defende a chamada ‘ideologia de gênero’. Passei a adolescência inteira ouvindo esse tipo de pregação e isso fez acumular certa raiva dentro de mim. Eu não tinha voz, tinha apenas que ficar calada e concordar com o que ouvia. Não podia me manifestar para os meus pais, para ninguém. Além disso, não tinha amigos LGBTs com quem pudesse conversar”, disse.

Segundo Jotta A, a decisão de deixar o meio gospel e abraçar sua identidade “trouxe tanto apoio quanto resistência”. Ella mencionou que, após assumir sua homossexualidade, algumas reações foram de tristeza e revolta. No entanto, ela destaca que, atualmente, vive “sem medo de pensar que vou para o inferno ou que vão descobrir quem eu sou”, refletindo uma abordagem mais liberta de sua espiritualidade.

“Vivo o agora, em paz, leve. Gosto de meditar. Fui criança e adolescente ansiosa, tinha crises dentro do avião. Agora, quando me pego sozinha, sem medo de pensar que vou para o inferno ou que vão descobrir quem eu sou, penso ‘meu Deus, que coisa incrível’”, afirmou.

Jotta A disse mais na entrevista: “Hoje, quando vou à balada e vejo pessoas ouvindo música e dançando de maneira intensa, vejo que elas estão, de alguma forma, cultuando a alegria. Para mim, a música é um intenso culto”.

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