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Leonardo Gonçalves explica porquê é a favor da legalização da maconha

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Leonardo Gonçalves - Foto: Reprodução/Redes Sociais

O cantor gospel Leonardo Gonçalves, conhecido pelas músicas “Novo”, “Moriá”, “Getsêmani” e “Acredito”, concedeu uma entrevista ao pastor Hermes Carvalho Fernandes na última segunda-feira (01/08). Na live, o artista explicou o porquê é a favor da legalização da maconha, aborto e do casamento homoafetivo.

Em um determinado momento da entrevista, Hermes disse a Gonçalves que a Igreja deveria se manifestar a favor dos direitos LGBTQIA+, independentemente de questões de ordem moral, pois eles “são humanos e devem ser tratados como tais”. Leonardo concordou com o religioso e afirmou que a frase “um cristão não pode ser de esquerda” é um erro.

“Essa frase é usada como se fosse um verso bíblico, como se estivesse nos 10 mandamentos, como se tivesse escrito pelo dedo de Deus nas tábuas no Monte Sinai”, disse ele. “Essa é uma frase que tomou uma proporção. Em 2014 ninguém falava isso, em 2015 ninguém falava isso, começou em 2016/2017”, afirmou.

Em outro trecho da entrevista, Leonardo Gonçalves criticou as operações policiais feitas em morros e favelas.

“Quando a gente fala sobre a liberação da maconha, por exemplo, usa-se um discurso como um pânico moral. ‘Ah, então vão brigar que é certo e as nossas crianças vão usar’. Quando se discute a liberação ou não da maconha, ou a descriminalização da maconha, não se trata da gente incentivar ou não o uso, se trata da gente entender quem está morrendo hoje por causa da guerra das drogas”, disse o cantor.

“E quem está morrendo na guerra às drogas, são sim alguns traficantes, alguns poucos traficantes, até porque não existem tantos traficantes assim. Mas assim, não são os usuários de drogas que estão morrendo. Quem está morrendo são as pessoas que moram nas comunidades. Em que em sua grande maioria não são usuários e não são praticantes, mas que vivem ali”, completou.

“Toda vez que nós temos as operações policiais, que nós chamamos de chacinas, mas que alguns consideram uma operação policial que entra, mata dez, doze, quinze, dezessete, dezoito e apreende 500 gramas de maconha e duas ou três armas, é essa é considerada por muitos uma operação policial bem sucedida. Esse tipo de operação sempre é justificada dentro da guerra às drogas”, explicou.

“Uma vez regularizando essa atividade não há mais necessidade desse tipo de operação”, completou Leonardo.

Em seguida, Hermes pegou como exemplo a questão do aborto. Segundo o pastor, uma coisa é ser contra o aborto e, ao mesmo tempo ser favorável à manutenção da criminalização do mesmo. “Porque quem é que está morrendo nestas clínicas clandestinas? Não são mulheres ricas e de classe média alta. Quem está morrendo são as mulheres pobres”, disse.

Para ele, legalizar o aborto não significa que o aborto vai aumentar, pelo contrário, as pessoas que decidem abortar passam a ter um acompanhamento psicológico. “Está na hora da gente repensar esse posicionamento”, disse ele, sendo acompanhado por Leonardo Gonçalves.

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