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‘Marcha para Exu’ reúne milhares na Avenida Paulista em defesa do orixá

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A marcha, que contou com escolta da Polícia Militar, teve sua concentração em frente ao Masp (Museu de Arte de São Paulo) - Foto: Bruno Santos/Folhapress

A Avenida Paulista, um dos mais emblemáticos cartões postais de São Paulo, foi preenchida por um mar de pessoas neste domingo (13/08), em protesto contra a demonização do orixá Exu. Esse orixá é reverenciado em religiões de matriz africana, como Candomblé e Umbanda.

A marcha, que contou com escolta da Polícia Militar, teve sua concentração em frente ao Masp (Museu de Arte de São Paulo). Estima-se, segundo a organização do evento, que aproximadamente 60 mil pessoas estiveram presentes.

Jonathan Pires, idealizador da Marcha, expressou seu entusiasmo ao declarar em sua conta no Instagram, onde tem mais de 546 mil seguidores: “Pela primeira vez a gente conseguiu fazer história. Colocamos Exu e Pomba Gira para serem louvados na avenida mais famosa do Brasil”.

Sobre a nomenclatura do evento, que remete à “Marcha para Jesus”, Lima esclarece que não há intenção de provocação. “Não acho que seja porque o umbandista não provoca ninguém. Nós respeitamos todo mundo”, assegurou.

O dia contou com a presença de várias personalidades, entre elas líderes religiosos, como Mãe Lu e Padre Pedro, e músicos, como Caio Moura e a MC Trans, ambos presentes nos carros de som.

A mãe de santo Regiane de Oyá, do Terreiro Terra de Umbanda Caboclo Flecha Dourada, da zona norte, ressaltou a importância da marcha na desmistificação de Exu. “Nosso objetivo é desmistificar essa visão de que Exu é um demônio e mostrar que também fazemos o bem, que também fazemos caridade. Só queremos igualdade entre todas as religiões, somos um país laico”.

Mesmo com a marcha defendendo a diversidade e liberdade religiosa, a proximidade da manifestação contou com um grupo evangélico distribuindo livretos com mensagens cristãs.

Silvia Moreira, que distribuía os livretos, comentou: “A gente sempre vem para cá [avenida Paulista]. Cada um tem a sua escolha e temos que respeitar e aceitar, é tanto que tem na lei que cada um pode cultuar o que quer. Mesmo que eles não creiam, estamos aqui para anunciar a palavra porque entendemos que todas as religiões precisam de Jesus”.

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