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Muçulmanos se revoltam com prisão de assassinos de estudante cristã e atacam igrejas

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A estudante universitária Deborah Emmanuel Yakubu foi apedrejada até a morte em Sokoto, Nigéria, em 12 de maio - Foto: Reprodução/Facebook

Uma multidão de muçulmanos atacou três igrejas e danificaram e saquearam lojas de pessoas cristãs no estado de Sokoto, na Nigéria, depois que a polícia prendeu dois muçulmanos por espancar e matar a estudante cristã Deborah Emmanuel, na última semana.

Deborah foi apedrejada até a morte e queimada por um grupo de colegas muçulmanos por supostamente blasfemar contra sua religião por meio de um grupo de WhatsApp. O caso aconteceu no dia de 12 de maio em Sokoto.

A jovem foi morta por seus colegas de classe dentro da Faculdade de Educação Shehu Shagari. Segundo informações, ela teria entrado em uma discussão com colegas de classe depois de enviar uma mensagem de WhatsApp, que foi interpretada por eles como blasfêmia.

Segundo o site Morning Star News, após a polícia ter prendido dois suspeitos, um outro grupo exigiu a libertação dos dois muçulmanos presos pela polícia. Eles atearam fogo na Catedral Católica da Sagrada Família, a Igreja Católica de St. Kevin e um edifício da Igreja Evangélica Vencedora de Todos em Sokoto.

Além disso, o grupo de desordeiros também danificaram e saquearam dezenas de lojas pertencentes a cristãos na cidade de Sokoto, informou o Morning Star News .

Os dois suspeitos foram presos pelo assassinato de Deborah Emmanuel, que era membro da Igreja Evangélica Winning All, e estudante da Faculdade de Educação Shehu Shagari. Um vídeo de seu assassinato viralizou nas redes sociais (uma parte do ataque pode ser vista aqui).

RELATOS DOS CRIMES

“Centenas de muçulmanos aqui em Sokoto esta manhã convergiram em vários pontos da cidade para protestar contra a prisão de dois muçulmanos que estavam envolvidos no assassinato de Deborah”, disse Angela Anthony, moradora da área.

“Apesar dos esforços da polícia e de outras agências de segurança para impedir que eles se tornassem violentos em seu protesto, esses muçulmanos ainda conseguiram atacar e destruir”, completou ela.

O Rev. Christopher Omotosho, porta-voz da Diocese de Sokoto, disse que os manifestantes também quebraram as janelas da Secretaria do Bispo Lawton da diocese e vandalizaram um ônibus estacionado no local. Eles também atacaram o Centro Bakhita da diocese na Aliyu Jodi Road e incendiaram um ônibus.

Outras fontes disseram que Deborah, que morava com seus pais em Sokoto, foi espancada, apedrejada até a morte e seu corpo incendiado depois de ser falsamente acusada de blasfemar contra o profeta islâmico Maomé porque se recusou a namorar um muçulmano.

Depois que o corpo de Deborah foi enterrado em sua cidade natal no estado do Níger, no sábado (14/05), seus pais disseram à mídia local que haviam deixado tudo para Deus. “Não podemos dizer ou fazer nada, exceto relaxar como um ato de Deus. Deixamos tudo para Deus, decidimos levar assim”, disseram Emmanuel Garba e Alheri Emmanuel, pais da jovem.

APOIO DO ESTADO ISLÂMICO

Além dos ataques aos prédio e lojas de cristãos, um líder islâmico defendeu o assassinato de Deborah Emmanuel. Em um vídeo postado nas redes sociais, Bello Yabo comemorou o assassinato da jovem cristã e incentivou a morte de pessoas acusadas de blasfemar contra o islã, Segundo o International Christian Concern.

“Um jovem em Sokoto insultou o profeta de Alá ontem. Não toleramos tal idiotice em Sokoto. Aqui nós matamos. Quando você toca o profeta, nos tornamos loucos”, disse Yabo no vídeo.

“Quem tocar no profeta. Apenas mate! Mesmo se a pessoa se arrepender ou se retratar, o perdão é assunto de Deus. Devemos matar. Não denuncie como uma queixa a nenhuma autoridade. Mate ele! Mesmo que ele seja um professor islâmico, muito menos um patife inútil. Somos Mujahedeen (guerreiros sagrados) e jihadistas”, completou o líder islâmico.

A Associação Cristã da Nigéria (CAN) descreveu o assassinato no mesmo dia da morte da jovem como “um dia triste para toda a comunidade cristã”. O órgão também pediu aos cristãos de todo o estado que permaneçam calmos, enquanto aguardam que a justiça seja feita de forma adequada.

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