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Mulher de pastor que dizia ‘incorporar anjos’ para abusar de fiéis se entrega à polícia

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Pastor Vanderlei de Oliveira é investigado por abusar sexualmente de pelo menos nove fiéis, em Anápolis, Goiás - Foto: Reprodução/Redes Sociais

Maria de Lurdes dos Santos Oliveira, esposa do pastor que alegava “incorporar anjos” para abusar sexualmente de fiéis, se entregou à polícia na última segunda-feira (23/10), em Anápolis, distante 55 km de Goiânia.

Segundo informações da Polícia Civil, Maria de Lurdes participava dos atos abusivos e orientava as vítimas a acatarem as ordens de seu marido, Vanderlei de Oliveira, preso na sexta-feira anterior (20/10).

A Polícia Civil reportou que a acusada foi encaminhada à Delegacia Especializada no Atendimento à Mulher (Deam) de Anápolis, onde já foram ouvidos relatos de nove vítimas.

Segundo as investigações, Vanderlei se autointitulava “pai espiritual” de seus fiéis – Foto: Reprodução/Redes Sociais

Vanderlei de Oliveira é apontado por visar especialmente vítimas com problemas emocionais ou de saúde, consideradas mais susceptíveis e facilmente manipuláveis. A abordagem consistia em iniciar uma “campanha de oração”, durante a qual o pastor alegava “incorporar um anjo”.

Nestes encontros, sob o pretexto de ajudar a vítima, eram perpetrados os abusos. Segundo a investigação, o pastor chegou a filmar tais abusos com a intenção de intimidar as vítimas.

A esposa do pastor, Maria de Lurdes, é acusada de estar ciente dos abusos praticados pelo marido e de coagir as vítimas a obedecerem as demandas do mesmo. A delegada responsável pelo caso declarou: “Ela não praticava ativamente os atos, mas sempre estava lá presente quando eles aconteciam. Apoiava o marido, dizia para as vítimas cumprirem as ordens dele.”

Diversos relatos de vítimas trazem à tona a gravidade dos atos cometidos. Uma das vítimas, que frequentava a igreja há 8 anos, detalhou ter sido abusada em diversas ocasiões pelo pastor. Durante uma das vezes, ele afirmou ter “incorporado um anjo” e alegou que ela seria “amaldiçoada” caso contasse a alguém sobre os abusos.

Em outro incidente, a vítima teve sua virgindade tomada pelo pastor, enquanto sua esposa assistia sem intervir. Em uma tentativa de manter a vítima sob controle, Vanderlei chegou a divulgar fotos íntimas dela para outros membros da igreja.

Outra vítima, que frequentou a igreja por cinco anos, relatou ser abusada sob o pretexto de uma “campanha espiritual” para ajudar seu marido. Durante um dos episódios, ela tentou resistir, mas foi coagida a continuar sob a ameaça de não ser compreendida por outros.

Vanderlei deve responder pelos crimes de violência sexual mediante fraude e estupro, mas não se descarta a possibilidade de outros crimes serem atribuídos. Quanto à sua esposa, Maria de Lurdes, será indiciada por participação nos mesmos delitos.

As investigações prosseguem, e a polícia acredita que mais vítimas podem surgir conforme o caso avança.

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