A Nike, com o objetivo de “despolitizar a camisa da Seleção Brasileira”, atualizou a lista de termos proibidos na personalização do uniforme que o Brasil usará na Copa do Mundo do Catar na plataforma de compra online. “Exu” e “Maomé” já não podiam ser usados. Agora, a lista tem também os nomes “Jesus” e “Cristo”.
A atualização por parte da gigante de acessórios esportivos veio após a percepção nas redes sociais de que alguns termos das religiões de matriz africana, como “Ogum”, estavam indisponíveis, enquanto “Jesus” e “Cristo” eram permitidos.
“Deus”, por outro lado, já estava vetado. Em nota, a Nike alegou que “não permite customizações com palavras que possam conter qualquer cunho religioso, político, racista ou mesmo palavrões”.
A empresa, ainda, informou que “a falha no sistema que permitiu a customização de algumas palavras de cunho religioso está sendo corrigida”, acrescentando que “reforça ainda que este sistema é atualizado periodicamente visando cobrir o maior número de palavras possíveis que se encaixem nesta regra”.
O veto a Jesus, entretanto, causou um problema momentâneo para os fãs do atacante Gabriel Jesus, e nome provável na lista de Tite à Copa do Mundo. Ao barrar Jesus, não foi possível inserir na personalização a maneira com a qual o jogador é identificado nas camisas oficiais: G. Jesus.
A gama de termos vetados na personalização do site da Nike também tem “Lula” e “Bolsonaro”. Segundo o UOL, a Nike está trabalhando para atualizar o sistema e permitir essa combinação específica.