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Minas Gerais

Operação Mamon: Igreja e rádio são suspeitas de lavagem de dinheiro na Grande BH

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'Operação Mamon' é realizada em cinco estados - Foto: MPMG/Divulgação

Na cidade de Vespasiano, na região metropolitana de Belo Horizonte, uma operação coordenada pelo Ministério Público de Minas Gerais (MPMG) e pela Polícia Civil desvendou um esquema de lavagem de dinheiro envolvendo uma igreja evangélica e uma rádio.

As investigações, que tiveram início há dois anos, revelaram que mais de R$ 6 bilhões foram movimentados ilicitamente nos últimos cinco anos, por meio de crimes como estelionato e tráfico de drogas.

As suspeitas indicam que os envolvidos utilizavam empresas de fachada, que não possuíam funcionários ou emitiam notas fiscais, para realizar a lavagem de dinheiro. Uma dessas empresas, que atuava no setor de eletrônicos e também estava sediada em Vespasiano, movimentou um montante de R$ 80 milhões.

Durante a operação, mandados de busca e apreensão foram cumpridos na igreja e no endereço de um dos investigados, onde também funcionava a rádio.

Os nomes dos envolvidos não foram divulgados. Além disso, a investigação identificou empresas legítimas que apresentavam uma movimentação financeira muito acima do esperado, como é o caso de uma padaria em São Paulo, que movimentou cerca de R$ 30 milhões.

A segunda fase da operação consistirá na análise de todo o material apreendido, buscando-se identificar a origem do dinheiro e até onde ele foi distribuído.

O delegado Marcus Vinícius Leite, responsável pelas investigações, destacou:

“Na cidade de Vespasiano foram cumpridos três mandados de busca e apreensão, na residência de um investigado, que também funcionava como sede de uma rádio e de uma empresa fantasma. Essa empresa nunca emitiu documentação fiscal e nunca teve empregados cadastrados nos órgãos competentes. Além disso, foi cumprido um mandado de busca e apreensão em uma igreja”, disse.

A operação, intitulada “Mamon”, teve como objetivo combater as fraudes financeiras. Ao todo, oito mandados de busca e apreensão foram cumpridos em Minas Gerais, São Paulo, Alagoas, Tocantins e Amapá.

Também foi determinado pela Justiça o sequestro de veículos e o bloqueio de valores em conta bancária, totalizando aproximadamente R$ 170 milhões.

“Mamon” é um termo de origem aramaica que inicialmente significava dinheiro, mas passou a representar também uma divindade síria ligada à riqueza. Posteriormente, essa divindade foi associada pelos cristãos a um demônio que personificava o pecado da avareza e era considerado um dos sete príncipes do inferno.

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