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Pastor da Assembleia de Deus é acusado de racismo por descartar foto de adolescente negro

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O pastor Samuel Freire da Costa, líder da Assembleia de Deus Ministério Belém, em São Mateus, São Paulo, está sendo processado por supostamente ter praticado racismo contra um membro negro da igreja, cujo nome ainda não foi revelado e que na época costumava a usar cabelo “black power”.

A vítima tinha 16 anos quando participou de uma campanha para a igreja, segurando ao lado de outro jovem um balão inflável com o número três, que indicava quantos dias faltavam para o início do projeto “Creio São Mateus”.

No entanto, a foto foi vetada pela direção da igreja, e o motivo foi o cabelo do adolescente, que seria chamativo segundo a igreja.

O departamento jurídico da igreja justificou que “os usos e costumes quanto a tamanho e tipo de cabelo masculino não têm qualquer relação ou discriminação com grupos sociais, raças ou etnias. Trata-se apenas de práticas adotadas pelas Assembleias de Deus em toda a sua história.”

A vítima chegou a procurar o pastor Samuel e a conversa foi gravada em vídeo. Samuel disse:

“Nós temos o nosso padrão. Se você quer ficar, repito, é muito bem-vindo e amamos você. Mas não vem com esse negócio de inclusão, de afro, isso é coisa do cão, isso é coisa do inimigo. Pessoas com pele muito mais escura e com o cabelo muito pior que o seu, e estão aqui cultuando ao mesmo Deus. Tá bem? Tá certo? Deus abençoe.”

O processo cível que a família do jovem propôs contra a igreja pede R$ 50 mil por danos morais e ainda não tem sentença definitiva. Há também um inquérito que investiga suposto crime de racismo na esfera criminal e que espera a manifestação do Ministério Público.

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