Pastor é confundido com estuprador e recebe ameaças nas redes sociais

Em Goiás, o pastor evangélico e vigilante, Elielton Batista Nascimento, 43 anos, viveu momentos de terror após ser confundido com José Inaldo Rodrigues dos Santos, 52 anos, que é investigado por estupro de vulnerável na Cidade Ocidental (GO).

A semelhança física entre ambos provocou uma onda de ameaças direcionadas ao líder religioso nas redes sociais. Ao portal Metrópoles, Elielton, que reside em Valparaíso (GO), relatou que foi alertado sobre a confusão por sua enteada na última segunda-feira (7/8).

“Disseram que as pessoas estavam nos confundindo, devido à aparência. Realmente, eu me assustei quando vi a imagem do José Inaldo. Muitos amigos da igreja comentaram que receberam mensagens com ameaças voltadas a mim e pediram que eu me resguardasse”, disse o pastor.

Por temer ataques, Elielton decidiu esclarecer a situação divulgando um áudio em grupos de WhatsApp. “Me chamavam de pastor safado, e, ouvindo isso, meus amigos me informavam, para eu tomar cuidado, para não sofrer agressão física”, relembrou.

O líder religioso ainda buscou a delegacia para reportar as ameaças. “De fato, temos muita semelhança na aparência. Ele é mais velho do que eu, mas somos muito parecidos. Não temos parentesco algum”, afirmou Elielton.

Conforme informado, José Inaldo foi preso em 29 de julho, e sua imagem começou a ser compartilhada em 7 de agosto, com o intuito da polícia de identificar possíveis novas vítimas do estuprador.

Elielton expressou sua preocupação com a possibilidade da população tentar fazer justiça com as próprias mãos.

“Graças a Deus, nada ocorreu comigo. Eu soube da situação antes que o pior acontecesse e me antecipei para esclarecer que eu não tinha a mesma identidade do homem preso por estupro. Não cometi qualquer crime. Como pode um homem da igreja cometer uma monstruosidade como essa?”, enfatizou.

SOBRE A PRISÃO DE JOSÉ INALDO:

A Polícia Civil de Goiás (PCGO) divulgou a identidade de José Inaldo, que está sendo investigado por abuso sexual contra cinco vítimas, com idades entre 6 e 15 anos. O principal objetivo ao expor a imagem do suspeito era encorajar outras vítimas a virem a público e relatarem possíveis ocorrências ligadas a ele.

Durante a investigação, foi descoberto que José aproveitava os momentos a sós com suas netas para abusar delas. Ele tentava minimizar seus atos chamando-os de “brincadeira” e persuadia as vítimas a não relatar os acontecimentos a ninguém. Após sua prisão, duas vítimas adicionais vieram a público, alegando que também haviam sido abusadas por ele em 2008, quando possuíam 5 e 10 anos de idade.

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