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Política

Pastor Henrique Vieira sobre ataque hacker após se opor a projeto que proíbe casamento gay

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Pastor afirma que ataques hackers miraram campanha em defesa do casamento homoafetivo no Brasil - Foto: Chico Cerchiaro

O deputado federal Pastor Henrique Vieira (PSOL-RJ) usou as redes sociais para falar sobre problemas que estpa enfrentando em sua campanha contra um projeto de lei que visa proibir o casamento entre pessoas do mesmo sexo no Brasil. Nos últimos dias, a iniciativa sofreu uma série de ataques cibernéticos, interrompendo a coleta de assinaturas que já reúne mais de 90 mil adesões, segundo ele.

A proposta em questão, marcada para discussão na próxima semana pela Comissão de Previdência, Assistência Social, Infância, Adolescência e Família da Câmara dos Deputados, é sustentada por um parecer do deputado Pastor Eurico (PL-PE). O documento afirma que “o casamento entre pessoas do mesmo sexo é contrário à verdade do ser humano”.

Em resposta, Vieira lançou a campanha “O Amor Vence”, atraindo o apoio de artistas e ativistas em uma ampla mobilização civil. No entanto, os ataques hackers DDoS — que sobrecarregaram o site de assinaturas com milhões de acessos simultâneos, forçando sua queda — tumultuaram o processo.

“Depois que nós colocamos a nossa campanha nas redes, ela vem sofrendo ataques de robôs. É o jeito que a extrema direita age”, disse o pastor da Igreja Batista do Caminho.

Apesar dos entraves, o deputado afirmou que não vai desistir da sua causa: “Não deixaremos de lutar por um país mais justo, democrático, diverso e plural. Não é possível aceitar um modelo de Estado que criminaliza e persegue o amor e a diversidade”, disse em uma entrevista.

Além da campanha, Vieira solicitou uma audiência pública para abordar o tema junto à sociedade civil e entidades relevantes antes da votação oficial. A proposta foi inicialmente aprovada, mas teve seu debate adiado por uma manobra do presidente da comissão, Fernando Rodolfo (PL-PE).

Segundo a Folha de S. Paulo, o texto originário, criado há mais de uma década pelo então deputado Clodovil Hernandes, possuía uma perspectiva favorável aos direitos LGBTQIA+. Ao longo dos anos, no entanto, sofreu modificações substanciais, alinhando-se a visões mais conservadoras.

A argumentação presente no relatório que será votado apela para os “valores da família” inscritos na cultura e legislação brasileira, mencionando ainda a influência da “lei natural”.

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