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Política

Pastor Sargento Isidório torce pela eleição de Lula e diz perceber “coisa errada” com Bolsonaro

“A Bíblia diz que pelos frutos se conhece a árvore, não é pela árvore”, disse o parlamentar

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Pastor Sargento Isidório, Lula e Bolsonaro - Foto: Reprodução/Facebook

O deputado federal Pastor Sargento Isidório concedeu uma entrevista ao BNews na sede da Fundação Doutor Jesus, entidade assistencial de apoio a dependentes químicos e de álcool que ele mantém na cidade de Candeias, na Região Metropolitana de Salvador (RMS), na última semana.

O parlamentar falou de vários assuntos, entre eles a relação com o presidente Jair Bolsonaro (PL) e a torcida pela eleição do ex-presidente Lula (PT), mesmo tendo um pré-candidato à Presidência do Avante.

Perguntado se ele irá pedir voto para André Janones, candidato à Presidência por seu partido ou seguirá a linha do governador pela Bahia Rui Costa e pedir voto para Lula, Sargento Isidório relembrou que foi o partido do PT que o ajudou no início de sua carreira política e que votaria em Lula se pudesse.

“Sobre a candidatura do Avante, como qualquer cidadão que cumpre a lei, eu tenho de estar ao ordenamento jurídico. E o ordenamento jurídico eleitoral diz que o candidato tem de estar atrelado ao seu partido. Então, a partir do momento que o Avante lança um candidato, mesmo com todo respeito e admiração que eu tenho, que aprovo o governo, com exceção dessas questões de família, mas na questão administrativa de Lula, eu gostaria de votar com ele”, disse.

“Mas se o meu partido tiver candidato, eu não posso fazer isso porque estarei sendo desrespeitoso com a lei eleitoral. Mas não posso negar que o meu coração gosta da maneira que foi feito o governo de Lula, que governou para todos”, completou.

O deputado, que é evangélico, disse que percebeu que “tem alguma coisa errada com Bolsonaro”. “Eu respeito os eleitores que votam em Bolsonaro. Respeito, inclusive, os que ainda votam. Respeito porque política é democracia e cada qual vota em quem quer. Mas, há muito tempo que eu percebi que tem alguma coisa errada”, disse.

Ele citou um exemplo: “A Bíblia diz que pelos frutos se conhece a árvore, não é pela árvore. Não é o que a árvore diz, é o que ela mostra. Quando eu vi o presidente fazendo sinal de arminha, eu procurei na bíblia e Jesus e nenhum de seus seguidores fazendo arminha. Eu não vejo na bíblia que bandido bom é bandido morto”, falou.

“Vi na bíblia que Jesus morreu entre dois bandidos e quase como um bandido também. E um dos bandidos ele levou para o céu porque se arrependeu. E eu também sou prova de que bandido bom não é bandido morto porque há 28 anos ninguém era mais bandido do que eu. Eu tenho 37 anos de polícia. Eu já era policial e vivia nas drogas, no alcoolismo, assaltos, era envolvido com tudo o que era coisa ruim. Quando eu vejo esse discurso de bandido bom é bandido morto, eu me preocupo. Qual é o bandido? O preto, pobre, da periferia? E os bandidos lá de cima? Quando vejo sobre a defesa da família, um sujeito que tem filhos com três mulheres diferentes. Eles pregam uma coisa e fazem outra”, disse o pastor.

Por fim, Isidório falou como o presidente conseguiu alcançar o voto evangélico. “O problema de Bolsonaro ter alcançado o público evangélico é que eles estavam meio abandonados, não eram ouvidos. Serviu de exemplo. O que aconteceu no Brasil, se o Lula e o PT ganharem a eleição, é para aprender que existem os evangélicos, os cristãos, sejam eles evangélicos ou católicos”, finalizou ele.

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