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Pastor solto: Cacique Serere deixa a prisão após nove meses

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Cacique Serere deixa a prisão depois de decisão de Moraes - Foto: Reprodução

Após nove meses de detenção, o Cacique Serere, líder indígena xavante e pastor, conquistou sua liberdade no último sábado (09/09), conforme determinação do Supremo Tribunal Federal (STF), por decisão do ministro Alexandre de Moraes.

O indígena foi recebido por militantes conservadores ao deixar o local de detenção, em Brasília, já usando uma tornozeleira eletrônica, cumprindo, assim, uma das condições para a sua soltura.

Serere, cujo nome de registro é José Acácio Serere Xavante, foi preso em 12 de dezembro do ano passado, acusado de promover atos considerados antidemocráticos e de proferir ameaças a ministros do STF em locais públicos da capital federal, incluindo áreas como o aeroporto e o ParkShopping.

O xavante é conhecido por ser um dos líderes de um acampamento estabelecido em frente ao Quartel General do Exército em Brasília, onde pedia a intervenção militar contra o governo do presidente Lula.

A prisão de Serere desencadeou uma onda de protestos violentos na noite de 12 de dezembro, marcada por atos de vandalismo como a queima de carros no centro da capital e uma tentativa frustrada de invasão à sede da Polícia Federal, local para onde Serere foi inicialmente conduzido.

A confirmação da libertação veio através de seu advogado, Levi de Andrade. “Tserere está livre, seguindo os trâmites legais estabelecidos para a sua soltura, incluindo o uso de tornozeleira eletrônica”, afirmou Andrade.

Mesmo em liberdade, o líder indígena e pastor continua respondendo ao processo que corre no STF. Além disso, ele participou de um depoimento à Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Câmara Legislativa do DF no final de agosto, onde discutiu sobre os atos democráticos em questão.

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