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Gospel

Por que a Globo passa a olhar para os evangélicos?

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Globo tem investido no público evangélico nos últimos meses - Foto: Reprodução/Internet

A Globo, maior emissora de televisão do Brasil, resolveu nos últimos meses investir pesado em programas para os evangélicos. Após lançar o reality gospel ‘Altas Promessas’ no Altas Horas, a Globo estreou neste mês a novela gospel ‘Vai na Fé’.

Em 2021, quando começaram a surgir na internet que a TV Globo estaria gravando uma novela evangélica, muitos suspeitaram das notícias e não acreditaram nessa possibilidade. Mas, era verdade.

‘Vai na Fé’ estreou na última semana. A estreia da trama da autora Rosane Svartman, porém, teve uma das piores audiências dos últimos 10 anos para o horário das 19h. A novela, inclusive, toca a música “Deus Cuida de Mim”, do cantor gospel Kleber Lucas.

Diante deste cenário, com programas voltados para os evangélicos, muitos andam perguntando o porquê que a Globo passou a olhar para os cristãos.

Segundo o UOL, a aproximação da Globo com o público evangélico pode ser explicada pela debandada dessa audiência nas últimas décadas, sendo ela uma parcela que cresce consideravelmente na população. É o que explica a pesquisadora Jacqueline Moraes Teixeira.

“Globo teve perda a cada ano em relação à audiência dos evangélicos, o que acirrou ainda mais com o governo Bolsonaro. A gente vai perceber que parte desse público vai deixando as novelas da Globo e se conectando às narrativas bíblicas da Record. Enquanto recusa as narrativas produzidas pela Globo, vê a Record como lugar de representatividade”, disse ela ao UOL.

Dados mais recentes do IBGE apontam um crescimento de 61% no número de evangélicos entre 2000 e 2010. Há projeções que sugerem que o número de evangélicos supere o de católicos no final da década de 2030.

Por essa razão, é interessante para a TV Globo financeiramente atrair uma faixa expressiva da população às suas novelas, pois isso aumenta audiência e, consequentemente, publicidade.

Além disso, nos últimos anos, faz parte da política da emissora ampliar o leque de diversidade e trazer mais representatividade para as telas, seja na dramaturgia, nos programas de auditório ou produções jornalísticas.

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