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Professor é afastado após impedir estudante de ler a Bíblia em aula

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Aluna diz ter sido vítima de intolerância religiosa em colégio estadual do Rio, onde teria sido proibida de ler a bíblia - Foto: Domingos Peixoto

Uma estudante do Colégio Estadual Amaro Cavalcanti, localizado no Largo do Machado, Zona Sul do Rio de Janeiro, relatou ter sido proibida de ler a Bíblia por um professor de Geografia da instituição. Segundo relatos, após o término de uma atividade, o docente permitiu que os alunos tivessem um momento livre e até mesmo tirou fotos com outras estudantes, sem repreendê-las.

A mãe da estudante, indignada com o incidente, buscou esclarecimentos na escola. Ela afirmou que foi informada por outra professora que a ação do colega não tinha sido “nada demais”.

“Fui na escola para ouvir a direção. Fui atendida por uma professora, que pediu desculpas, mas disse que não foi nada demais, que isso deve ter sido sem querer. Ainda falei: ‘Preciso conversar com o professor, para saber o porquê’”, lembra a responsável, que recebeu uma resposta negativa quanto ao pedido de contato com o professor.”

A estudante, que era a única negra na sala naquele dia, acredita que a atitude do professor pode ter sido motivada pela sua cor. A mãe da aluna questionou a discrepância de tratamento entre sua filha e as outras alunas.

“Ele estava tirando selfie com outras alunas, por que constrangeu minha filha de levar a Bíblia para a escola? Minha filha acha que isso foi pela cor dela”, completa a mãe da estudante.”

No boletim de ocorrência registrado na 9ª DP (Catete), consta que o professor teria dito: “Se quer ler a Bíblia, vá à igreja, e não à escola”, seguido da proibição de levar o objeto para a escola.

A Secretaria Estadual de Educação (Seeduc) informou que iniciou uma sindicância para apurar o incidente e que o professor será afastado. A mãe da estudante foi convidada para uma nova reunião na instituição.

A aluna, conhecida por ser comportada e aproveitar seu tempo livre para ler a Bíblia, se mostrou chateada com o incidente e expressou o desejo de não mais assistir às aulas do professor.

A mãe da estudante desabafou sobre a situação, esperando que o professor seja removido da escola. Ela mencionou que outros alunos também relataram situações de constrangimento com o professor.

O caso foi registrado como “preconceito de raça, cor, etnia, religião ou procedência nacional”, com intolerância religiosa sendo apontada como a motivação presumida.

Em nota, a Secretaria de Educação reiterou seu compromisso no combate ao preconceito e à discriminação, e ressaltou a importância do bom relacionamento entre servidores e alunos. A pasta também observou que, embora o professor tenha autonomia para permitir ou não o uso de smartphones durante as aulas, o foco deve ser no processo de aprendizagem do aluno.

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