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Responsável por câmeras de clube onde petista foi morto comete suicídio

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Marcelo Arruda, guarda municipal e simpatizante do PT, na sua festa de 50 anos em Foz do Iguaçu - Foto: Reprodução

A Polícia Civil e o Ministério Público do Paraná investigam a morte do vigilante e um dos responsáveis pelo fornecimento de senhas que dão acesso às imagens de onde aconteceu o assassinato do petista Marcelo Arruda. Ele teria tirado sua própria vida após saltar de um viaduto.

“Imagem de câmera de segurança mostra que ele estava sozinho quando se jogou de cima de um viaduto. Foi socorrido com vida, mas não resistiu e entrou em óbito”, diz a polícia do Paraná em nota.

O caso aconteceu neste domingo (17/07), em Medianeira, no Oeste do Paraná, segundo a Polícia Civil. Claudinei Coco Esquarcini, de 44 anos, seria o “responsável pelo fornecimento de senhas” das câmeras de segurança na Associação Recreativa Esportiva Segurança Física de Itaipu (Aresf), em Foz do Iguaçu.

Pessoas próximas a Claudinei dizem que ele ficou abalado emocionalmente após o crime. Agora, o Ministério Público e a Polícia Civil do Paraná querem saber se há relação entre o suicídio e o assassinato do petista.

Claudinei Coco Esquarcini – Foto: Reprodução/Facebook

ENTENDA O CASO

O policial penal federal Jorge José Guaranho, acusado de ser o autor do assassinato de Marcelo Arruda, viu imagens do aniversário da vítima, antes de ir ao local e matar o guarda municipal e tesoureiro do Partios dos Trabalhadores (PT). Guaranho estava em um churrasco em outro clube quando assistiu às cenas da festa de Arruda.

Em depoimento, José Augusto Fabri, vigilante da Itaipu, disse que a permissão para ver as câmeras não era um procedimento comum e citou Claudinei como responsável por permitir acesso às imagens das câmeras de monitoramento do clube onde Arruda foi morto.

“Tem que ter uma senha. Esse processo quem faz é o Claudinei. Como ele conhece de configuração, montagem, manutenção e ele faz parte da diretoria, então ele cuida dessa parte”, disse o vigilante em depoimento à Polícia Civil.

Um requerimento assinado nesta segunda-feira (18/07), em conjunto pelos representantes legais da família de Marcelo Arruda solicitou diligências complementares à 3ª Vara Criminal de Foz do Iguaçu após o episódio. Na petição enviada à Justiça, os advogados pedem que seja determinada busca e apreensão do celular de Claudinei, e a quebra dos sigilos telefônico e telemático.

“Tais diligências permitirão saber se tais imagens estavam, disponíveis aos diretores da ARESF, se foram compartilhadas, mensagens trocadas, instigações ou não havidas, tudo dando conta da busca da motivação do criminoso. Quem são os diretores? De que forma atuaram ou não? Partícipes ou não no fato criminoso? Quem disponibilizou as imagens? Quem tinha as senhas?”.

A Itaipu Binacional, onde Claudinei trabalhava, emitiu nota de pesar pelo seu falecimento. “Claudinei trabalhou na Itaipu por 20 anos, sempre como agente de segurança da Divisão de Segurança da Central. A Itaipu está prestando toda a assistência necessária à família, a quem expressa suas condolências”. Claudinei deixa esposa e três filhos.

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