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Roberto Jefferson vai a júri popular por tentativas de homicídio contra agentes da PF

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Roberto Jefferson no final de maio, indo depor em Três Rios - Foto: TV Rio Sul

O ex-deputado federal Roberto Jefferson foi encaminhado a júri popular pela juíza federal Abby Ilharco Magalhães, da 1ª Vara Federal de Três Rios, após ser acusado de quatro tentativas de homicídio contra agentes da Polícia Federal (PF) durante uma operação para cumprir um mandado de prisão em 23 de outubro de 2022.

No confronto, ocorrido em Comendador Levy Gasparian, RJ, o político atirou cerca de 50 vezes e lançou três granadas de luz e som contra os policiais, deixando dois deles levemente feridos.

Na época dos fatos, os agentes estavam no local para executar uma ordem de prisão determinada pelo ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF). Roberto Jefferson se encontra em prisão preventiva desde outubro do ano passado, atualmente sob cuidados médicos no Hospital Samaritano, em Botafogo, Rio de Janeiro, com autorização de Alexandre de Moraes.

Durante o interrogatório em maio, o ex-deputado admitiu a ação violenta, mas negou a intenção de matar os agentes. A juíza manteve as qualificadoras que envolvem “emprego de recurso que dificulte ou torne impossível a defesa do ofendido” e o uso de “arma de fogo de uso restrito ou proibido”.

QUEM É ROBERTO JEFFERSON

Roberto Jefferson é conhecido por sua participação como delator no escândalo do mensalão em 2005, onde admitiu ter recebido R$ 4 milhões, e foi posteriormente condenado a 7 anos e 14 dias de prisão por corrupção passiva e lavagem de dinheiro. Em 2015, conquistou o direito de cumprir pena em regime domiciliar, mas retornou ao regime fechado em 2021 devido a investigações sobre seu envolvimento em milícias digitais contra a democracia.

Em janeiro de 2022, o político foi novamente beneficiado com prisão domiciliar, mas teve o benefício revogado após violar regras do regime, incluindo a concessão de entrevistas e a propagação de notícias fraudulentas.

A defesa do ex-deputado, representada pelos advogados João Pedro Barreto e Juliana França David, afirmou que respeita, mas discorda da decisão da juíza Abby Ilharco Magalhães, e que aguarda intimação para se manifestar nos autos.

Roberto Jefferson, que em maio de 2021 passou por um batismo em uma igreja evangélica, compartilhando fotos e vídeos da cerimônia em suas redes sociais, pediu na ocasião: “Deus perdoe meus erros”.

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