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Show teatral apresenta Jesus como “não-binário”

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Grupo de ópera de Edinburgh University apresenta versão de Jesus Cristo não-binário - Foto: Edinburgh University Savoy Opera Group

O ‘Savoy Opera Group’ (EUSOG), da Universidade de Edimburgo, na Escócia, no Reino Unido, está realizando a primeira produção de gênero neutro de “Jesus Christ Superstar” (Jesus Cristo Superstar). Segundo a Fox News, é uma ópera rock que reconta as últimas semanas de Jesus do ponto de vista de Judas Iscariotes. As apresentações começaram dia 24 e terminam amanhã, 28/01.

A versão da produção, exibida no Church Hill Theatre em Edimburgo esta semana, é totalmente licenciada como neutra em termos de gênero, permitindo que o elenco retrate qualquer personagem, apesar dos papéis masculinos e femininos tradicionais, informou o The Edinburgh Tab.

A equipe de produção fez o acordo com a Lloyd Webber Licensing, com o entendimento de que as letras e os pronomes do programa permaneceriam os mesmos.

Na versão do grupo, Jesus é interpretado por um ator não binário, alguém que não se identifica como homem ou mulher, e Judas é interpretado por uma mulher. Os 12 apóstolos são interpretados por artistas femininas ou não-binárias.

O termo não-binário refere-se às pessoas que não se percebem como pertencentes a um gênero exclusivamente. Isso significa que sua identidade de gênero e expressão de gênero não são limitadas ao masculino e feminino.

“O elenco neutro em termos de gênero é uma das características mais proeminentes da produção – temos uma Judas feminina e um Jesus não-binário como nossos dois protagonistas”, disse o produtor Lew Forman ao The Tab.

“Estamos tirando criativos não-binários e femininos das sombras e colocando-os no centro das atenções, oferecendo oportunidades iguais em todos os aspectos da produção”, completou.

Na adaptação, Roza Stevenson interpreta Jesus, enquanto os 12 apóstolos são retratados por artistas femininas ou não binárias, o que significa que eles não se identificam exclusivamente como homem ou mulher.

O produtor disse ainda que a produção adotou um “elenco cego de gênero” para reinventar a história dos últimos dias de Jesus a um “público moderno”.

“Não é que eu não ache que poderíamos ter encontrado homens para desempenhar esses papéis fantásticos, estou confiante de que poderíamos ter feito. Era mais sobre a ideia de igualdade de oportunidades”, disse.

“Ao escalar todo o show sem gênero, isso realmente nos ajuda a focar nos aspectos centrais dos personagens e, com a ajuda da fabulosa equipe de produção, trazê-los à vida”, disse Roza Stevenson, que interpreta Jesus na produção.

“Esta decisão foi a razão pela qual me inscrevi para o teste! Ser um ator não-binário é uma linha estranha para andar. Ser capaz de fazer um teste para um show onde minha apresentação de gênero não fez diferença quebrou todas as barreiras”, completou.

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