O músico e empresário Patrick Abrahão, casado com a cantora Perlla, teve sua prisão preventiva revogada na última segunda-feira (07/08), pela Justiça Federal de Mato Grosso do Sul. Ele estava sob custódia desde outubro do ano anterior devido a suspeitas relacionadas a um esquema de pirâmide financeira.
Outros quatro investigados na mesma operação, que tiveram envolvimento com a corretora Trust Investing, também foram liberados.
A juíza Júlia Cavalcante Silva Barbosa, da 3ª Vara Federal de Campo Grande, foi responsável pela decisão que beneficiou os investigados, incluindo Ivonélio Abrahão da Silva, Fabiano Lorite de Lima, Diorge de Araújo Chaves e Diego Ribeiro Chaves. Em substituição à prisão, eles agora estão sob medidas cautelares, que incluem comparecer perante a juíza mensalmente e a proibição de deixar o país sem autorização legal.
Na decisão, a magistrada expressou, “Entendo que a manutenção da prisão preventiva, para além da presente fase processual, afigura-se desproporcional […] os acusados estão presos há quase 10 (dez) meses”.
A defesa de Abrahão, representada por João Francisco Neto, afirmou em nota ao GLOBO que seu cliente “era apenas um dos milhares de investidores e não tinha nenhum envolvimento na administração da empresa”. Ele ainda acrescentou que a acusação foi “equivocada” e a liberação do empresário é uma forma de reparar a “violência jurídica”.
A advogada Talesca Campara de Souza, que representa Fabiano Lorite, disse ao GLOBO que a decisão foi “assertiva”, visto que os réus já colaboravam com o judiciário.
A investigação sobre o grupo alega que eles estiveram envolvidos em um esquema de pirâmide financeira através da corretora Trust Investing, prejudicando mais de 1,3 milhão de investidores em mais de 80 países e gerando prejuízos de R$ 4,1 bilhões. A operação, nomeada “La Casa de Papel”, foi uma colaboração entre a Polícia Federal, Receita Federal e a Agência Nacional de Mineração (ANP).
O judiciário havia, anteriormente, determinado o bloqueio de US$ 20 milhões, bem como o sequestro de uma série de bens em nome dos suspeitos e suas empresas.
Em uma entrevista recente, a cantora Perlla comentou sobre a situação, afirmando que ambos estavam “focados em esclarecer tudo para a justiça”.
A investigação teve início em agosto de 2021, quando duas pessoas foram presas com esmeraldas avaliadas em US$ 100 mil na fronteira com o Paraguai. Esse caso levou à descoberta do esquema de pirâmide financeira em que os investigados atraíam vítimas com promessas de retornos financeiros altos.
Os investigados, por sua vez, alegaram que operavam de forma legal no Brasil e na Estônia através de duas instituições financeiras. No entanto, investigações revelaram que essas empresas não existiam de fato.
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