Travesti exige prova de André Valadão sobre supostos atos sexuais: “Faça o exame”

Na última sexta-feira (07/07), o pastor e cantor gospel André Valadão se manifestou sobre as acusações feitas por Talita Oliveira. Talita, uma mulher trans e profissional do sexo, alegou que Valadão teria contratado seus serviços sexuais em duas ocasiões há cerca de dez anos, e pediu discrição sobre os supostos encontros.

A equipe do pastor André Valadão, em resposta às alegações, divulgou uma nota oficial onde negou veementemente as acusações. “As alegações são absolutamente falsas”, diz a nota, acrescentando que tais alegações “visam apenas obter visibilidade na mídia, revelando-se uma clara e covarde tentativa de difamar e manchar a honra de uma pessoa”. A nota informou também que serão tomadas medidas legais para proteger a reputação do pastor.

Em resposta à nota de Valadão, Talita lançou um novo vídeo em que voltou a citar o suposto envolvimento com Valadão e desafiou o pastor a realizar um exame de conjunção carnal, uma prova médica que indicaria se houve relação sexual anal.

“Eu vou exigir uma conjunção carnal. Você vai ter que fazer um exame no seu fiofó para provar. Você não quer prova? Agora quem quer que você prove sou eu. Prove que eu estou mentindo e prove que você nunca teve relação anal porque essa conjunção carnal, meu amor, eu vou exigir. Não esqueça, tá? A França não é um país cristão. É um país laico.”

Em meio às suas declarações, Talita também desafiou a autoridade de Valadão como figura pública e questionou a influência de sua identidade sobre a veracidade de suas palavras:

“É estranho você querer me processar, querer falar que a sua palavra vale muito mais porque você é um homem branco, rico, pastor, casado e eu posso ser uma mulher trans, nordestina, mestiça e pobre. Você acha que o seu não é uma palavra definitiva? Eu vou querer provar. Eu vou querer uma conjunção carnal em juízo”, disse.

É POSSÍVEL REALIZAR ESSE EXAME?

Embora, Talita afirme que irá exigir um exame, no entanto, não existe um exame específico para determinar se ocorreu conjunção carnal. A determinação desse tipo de relação sexual geralmente é baseada em evidências e testemunhos apresentados em processos judiciais, onde são considerados fatores como relatos das partes envolvidas, exames médicos, testemunhos de terceiros, entre outros elementos.

Em casos de investigação criminal, podem ser realizados exames médicos forenses, conhecidos como exames de corpo de delito, que podem fornecer evidências físicas e médicas para apoiar ou refutar a alegação de conjunção carnal. Esses exames podem incluir a coleta de amostras biológicas, avaliação de lesões, entre outros procedimentos relacionados. Mas, como informou a travesti, as supostas relações teriam acontecido há mais de 10 anos, logo seriam impossíveis comprovar os atos por exames.

Diante disso, muitos internautas criticaram a mulher alegando que ela poderia estar querendo ganhar fama em cima do pastor, que ganhou destaque nas últimas semanas com acusações de transfobia e homofobia por após suas pregações na Lagoinha Orlando Church.

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