Pastor impede adolescente com cabelo black de aparecer em foto - Imagem/Divulgação
Samuel Freire, da Assembleia de Deus Ministério do Belém São Mateus, em São Paulo, está sendo processado por danos morais em razão de um episódio de suposto racismo.
A família da vítima, cujo primeiro nome é Daniel e que na época tinha 16 anos, alegou que ele fazia parte do ministério jovem e infantil e em determinada época passou a tirar fotos de crianças e adolescentes para promover os eventos da igreja.
Daniel, que é negro e sempre usou o cabelo no estilo “black power”, em certa ocasião tirou diversas fotos de adolescentes e de si próprio – aparecendo com os jovens – e as enviou para a administração da igreja.
Conforme acusa a família, todas elas foram aprovadas, menos a dele, o que suscitou a suspeita de que a liderança estaria praticando racismo.
Procurada pela família, a liderança da igreja confirmou que o impedimento quanto à publicação da foto seria o cabelo de Daniel. Então veio a público o próprio pastor Samuel Freire, e justificou-se dizendo:
“Esse negócio de inclusão, isso é coisa de modernidade […] Tem pessoas que tem a pele muito mais escura e o cabelo muito pior que o seu, e estão aqui adorando ao senhor assim mesmo.”