O escritor, conferencista e líder espiritual Daniel Mastral usou as redes sociais para relembrar momentos ao lado do filho falecido. Mikhael tinha 15 anos quando tirou a própria vida em uma plataforma de trem em dezembro de 2018.
“Hoje, me bateu uma imensa saudades de alguém que não posso mais abraçar. Parte de mim morreu quando lhe sepultei. Me disseram que, com o tempo, a dor passa. Porém, a dor da ausência estará sempre presente”, iniciou o escritor.
Mastral segue falando sobre o filho. O religioso chega a dizer que queria tirar a dor do adolescente e transferir para ele. Além disso, falou da saudade que tem de Mikhael.
“Como uma sombra. Você foi meu melhor amigo. Meu parceiro, meu confidente. Seu amor era puro, intenso e verdadeiro. Seu sorriso me alegrava! Ver ele se apagar. Foi muito triste. Enxuguei suas lágrimas, estive com vc no porão de sua alma. Queria ter podido tirar toda sua dor e transferir para mim!”, disse ele.
“Agora você é imortal. Na eternidade. Em meu coração e em minhas memórias! Sinto muito sua falta, meu amigo. Às vezes, parece que ‘sinto’ sua presença ao meu lado! Você estava certo! Sempre esteve! O Rei é Justo! Está levantando um exército ao nosso lado”, escreveu ele.
No texto, Daniel Mastral diz que Deus atendeu o pedido da família e que em breve as pessoas que causaram todo mal “colherão tudo que plantaram”.
“A crueldade que foi feita com nossa família, todo o mal causado, a você, a mamãe e a mim, o Todo Poderoso está preparando a colheita das pessoas que plantaram as sementes do mal em nosso lar. A verdade veio à tona! Agora eu sei! Agora eu vejo o que você viu! Deus também viu. Ele ouviu meu clamor! Atendeu meu pedido!”, disse.
“Em breve as pessoas que nos causaram tanto mal… de forma fria, calculada. Colherão tudo que plantaram! E a colheita será farta! Pois, o Deus que servimos é Justo! Vocês serão honrados! Tudo que foi feito nas trevas, será exposto na luz! Para honra do Cordeiro e vergonha do inferno! No tempo certo, nossa dignidade será restaurada!”, finalizou Daniel.
Mikhael sofria de depressão, no ano de sua morte ele recebeu acompanhamento profissional, incluindo medicação antidepressiva, e já havia inclusive ficado internado em uma clínica durante 22 dias.
No dia 22 de dezembro daquele ano, Daniel não viu o filho ao acordar e notou que o menino havia saído sem documentos e sem o celular. Imediatamente, tomado por preocupação, o escritor saiu à procura do filho sem falar nada à esposa.
Em contato com parentes, saiu à busca do filho com ajuda de familiares em uma área de mata existente próximo à sua casa, mas não o encontraram. Horas depois, usando o Facebook de Mikhael, Mastral informou o desaparecimento do filho e pediu informações aos amigos dele.
Um irmão que é policial ajudou o escritor a registrar um Boletim de Ocorrência (B.O.) e da delegacia foram para um hospital onde havia o relato de uma pessoa que havia sido atendida no setor de psiquiatria por ter testemunhado um suicídio horas antes na plataforma de uma estação de trem.
De lá, eles partiram para o Instituto Médico Legal (IML), onde Mastral reconheceu o corpo do filho.