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Minas Gerais

Assassinado em MG Roni Peixoto, braço direito de Beira-Mar, aceitou Jesus na cadeia

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O corpo de Roni Peixoto foi encontrado nesta segunda-feira (11/04), dentro de um carro na avenida Engenheiro Felipe Gabrich, no bairro Córrego das Calçadas, em Santa Luzia (MG) - Foto: Reprodução

Roni Peixoto, de 52 anos, foi condenado a 35 anos de prisão por tráfico de drogas em Minas Gerais. Foi considerado o maior traficante do estado e apontado como o braço direito do Fernandinho Beira-Mar. Nesta segunda-feira (11/04) foi morto na frente de casa, na Grande BH.

O corpo de Roni Peixoto foi encontrado dentro de um carro na avenida Engenheiro Felipe Gabrich, no bairro Córrego das Calçadas, em Santa Luzia (MG). Segundo a PM, Roni estava entrando na garagem de casa quando foi abordado por dois homens encapuzados.

Os suspeitos pararam o carro em que ele estava, identificaram-se como policiais civis e atiraram. O velório será realizado, nesta terça-feira (12/04), a partir das 15h00, no cemitério Bosque da Esperança. O sepultamento está marcado para às 17h00. A Polícia Civil investiga o assassinato.

VIDA CRISTÃ APÓS ABANDONAR O CRIME

Roni testemunhou em 2020 que trocou o tráfico pela igreja. Na época, em entrevista à Rádio Itatiaia, de Belo Horizonte, o ex-traficante contou sobre a vida que leva, após prisão. Roni contou seu testemunho à rádio na Igreja Evangélica Templo dos Milagres, em Santa Luzia, na região metropolitana de BH. Ele até hoje costumava dar testemunhos da sua vida no crime.

“Eu me converti tem um ano e poucos na Penitenciária José Maria Alkimin, em Ribeirão das Neves [na Região Metropolitana de Belo Horizonte] e ali foi onde Deus começou a tocar no meu coração para eu estar mudando minha vida. E começou a acontecer certas coisas comigo lá dentro, tudo sobrenatural. Em setembro de 1997, na cadeia, dois agentes penitenciários me deram uns ‘bofetão’”, disse ele em 2020.

Após esse acontecimento, Roni contou que sentiu o espírito de Deus lhe tocar e resolveu mudar de vida.

“Naquele dia, todas as lágrimas que estavam escondidas, derramaram. Creio que foi o Espírito Santo que ponderou de mim naquele momento. De repente vi que minha vida ali tinha que começar a mudar”, contou.

Na época da entrevista, revelou que no momento não estava trabalhando, mas, os fiéis da igreja onde ele congrega lhe ajuda como pode. Roni Peixoto afirmou não ter medo do seu passado, porque era uma nova pessoa. Além disso, ele contou que não voltaria para o mundo do crime.

“Eu não temo minha vida porque eu sirvo um Deus Vivo. Quem tem inimigos é satanás, Deus não tem inimigos. E eu não tenho medo. Quanto aos inimigos que deixei, eu não trago perigos para eles, então eu creio no Deus que eu sirvo. Eu só vou morrer se Deus permitir”, contou Roni.

“A minha oração de todos os dias: Eu peço pra Deus que se um dia, porque Deus sabe de todas as coisas que vaia acontecer, se algum dia Ele ver que eu vou me desviar de sua presença, que eu vou retroceder, que Ele me recolhe antes, pois eu não aguento mais sofrer. Nunca mais eu não vou voltar. Muitos estão apostando que irei voltar [Para o mundo do crime], mas vão perder essa aposta. Não tem chances”, finalizou ele.

BATISMO NAS ÁGUAS

O ex-braço direito de Fernandinho Beira-Mar foi batizado em uma igreja evangélica, na Pedreira Prado Lopes, em Belo Horizonte. Roni foi batizado em 2019 ao seu lado estava Adão Baltazar, seu ex-maior rival do tráfico de drogas.

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