Os deputados federais Silas Câmara (Republicanos-AM) e Eli Borges (PL-TO) fecharam um acordo nesta quarta-feira (08/02), para dividir a presidência da Frente Parlamentar Evangélica no Congresso Nacional pelos próximos dois anos.
A bancada enfrentava uma disputa pelo comando da frente, uma vez que Silas dialoga com o governo Lula e Eli tem atuação no PL de Jair Bolsonaro. Ambos vão revezar liderança por dois anos, com mandatos alternados de seis meses.
A avaliação é que o primeiro ano será decisivo para frear possíveis pautas identitárias que a esquerda tente passar nos primeiros meses do novo Congresso.
Logo que foi anunciado como novo líder da Frente, Eli Borges afirmou que manterá a defesa das pautas pela “família, vida e liberdade” — isso significa fazer oposição a propostas de legalização do aborto, da “ideologia de gênero” e que criminalizem discursos homofóbicos.
Sobre o posicionamento da bancada em relação ao governo Lula, Borges disse que vai se reunir com os integrantes da Frente para definir os próximos passos.
Já Silas, que é pastor da Igreja Assembleia de Deus, foi réu de uma ação no Supremo Tribunal Federal acusado de ter praticado o esquema de rachadinha (desvio de parte dos salários dos funcionários de seu gabinete) em 2000.
O processo se arrastou por duas décadas e teve um desfecho em dezembro de 2022, após o deputado firmar um acordo de não-persecução penal com a Procuradoria-Geral da República (PGR).