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Citando parábola de Jesus, Mendonça se justifica: “É preciso separar o joio do trigo”

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O ministro do Supremo Tribunal Federal foi um dos 10 magistrados que condenaram Daniel Silveira a inelegibilidade, prisão e multa - Foto: Metrópoles

O ministro do Supremo Tribunal Federal, André Mendonça, decidiu se explicar, depois que ajudou a condenar o deputado Daniel Silveira, nesta quarta-feira (20/04).

A nota veio depois de receber milhares de críticas por seu voto no plenário. Indicado por Jair Bolsonaro, Mendonça entristeceu os evangélicos depois de condenar o político.

No Twitter, Mendonça citou a ‘Parábola do Trigo e o Joio’, uma das parábolas de Jesus, que aparece em Mateus 13 dizendo que durante o Juízo Final, os anjos vão separar os “filhos do maligno” (o “joio”, ou ervas daninhas) dos “filhos do reino” (o trigo).

“Como cristão, não creio tenha sido chamado para endossar comportamentos que incitam atos de violência contra pessoas determinadas; e, como jurista, a avalizar graves ameaças físicas contra quem quer que seja. Há formas e formas de se fazerem as coisas. E é preciso se separar o joio do trigo, sob pena de o trigo pagar pelo joio. Mesmo podendo não ser compreendido, tenho convicção de que fiz o correto”.

O voto de Mendonça provavelmente decepcionou também o presidente Bolsonaro e irritou evangélicos e aliados do Palácio do Planalto, entre eles Silas Malafaia, Marcos Feliciano e Magno Malta.

Havia uma expectativa de que o segundo ministro indicado por Bolsonaro à Corte pedisse vista do processo, o que interromperia o julgamento. Mas, não aconteceu.

No julgamento, oito ministros acompanharam integralmente o relator da ação, Alexandre de Moraes. O placar final ficou em 10×1 onde apenas Nunes Marques, também indicado de Bolsonaro, votou pela absolvição de Silveira.

Embora tenha votado pela condenação, André Mendonça divergiu em parte do relator. Ele se manifestou por uma pena menor, de dois anos e quatro meses, em regime aberto. Mendonça também cobrou que o Supremo tenha rigor com ataques a outros poderes.

Silveira foi condenado pelos crimes de tentativa de impedir o livre exercício dos poderes e coação em processo judicial. Ele foi condenado a oito anos e nove meses de reclusão, inicialmente, em regime fechado, à perda do mandato de deputado federal à suspensão dos seus direitos políticos. Ele era acusado pelos crimes de coação (uso de força) no curso de um processo judicial, incitação à animosidade entre as Forças Armadas e o STF e por tentativa de impedir o livre exercício dos Poderes da União. Os crimes, segundo a denúncia, aconteceram entre 2020 e 2021 quando ele divulgou vídeos em redes sociais atacando o STF, defendendo uma intervenção militar e ofendendo pessoalmente membros da Corte.

Ministro do Supremo Tribunal Federal, André Mendonça – Foto: Redes Sociais Silas

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