O Google recusou o pedido do Ministério Público Federal (MPF) de Minas Gerais para remover os vídeos em que o pastor André Valadão faz declarações polêmicas contra a comunidade LGBTQIA+.
O MPF argumentou que embora a liberdade religiosa deva ser preservada, não se pode admitir um discurso que pregue discriminação e incite violência física contra essa população.
No entanto, a resposta da empresa responsável pelo YouTube foi que o vídeo em questão foi revisado e não violou as Diretrizes da Comunidade, sem fornecer mais explicações sobre sua decisão.
O pedido de remoção foi feito pela procuradora da República Ludmila Oliveira, que justificou que a pregação de Valadão viola a política de combate ao discurso de ódio adotada pelas plataformas digitais. O MPF também solicitou análises similares ao Instagram e ao Google para verificar se há violação das políticas de combate ao discurso de ódio nessas plataformas.
O conteúdo em questão consiste em declarações controversas feitas pelo pastor durante um culto com o tema “Deus odeia o orgulho” nos Estados Unidos. Internautas interpretaram uma declaração do pastor como incitadora de violência contra a comunidade LGBTQIA+, alegando que ele teria encorajado seus seguidores a tomar medidas agressivas.
Além do pedido de remoção, o MPF requer que André Valadão assuma os custos de produção e divulgação de “contrapontos aos discursos proferidos”, faça uma retratação pelas ofensas e pague uma indenização de R$ 5 milhões por danos morais coletivos.
A situação também está sendo analisada pelo MPF no Acre, para onde o caso foi encaminhado posteriormente.
Diversos líderes evangélicos, bem como a ANAJURE (Associação Nacional de Juristas Evangélicos), se manifestaram sobre o assunto, defendendo a necessidade de uma interpretação adequada do discurso de André Valadão, alegando que sua intenção era pregar sobre o dilúvio.
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Brasil e Mundo6 dias atrás
