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Escândalo: Pastores da Igreja Batista do Sul molestaram 700 fieis em 20 anos

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Centenas de denúncias sobre casos de abuso sexual praticados por pastores filiados à Igreja Batista do Sul foram divulgadas por um jornal local de Houston (EUA). Os casos foram tratados com sigilo pela igreja e pelas autoridades, mas agora tudo veio à tona.

Igreja Batista do Sul está envolta em um escândalo em precedentes.
Igreja Batista do Sul está envolta em um escândalo em precedentes.

De acordo com a reportagem do The Chronicle, os crimes atingiram cerca de 700 vítimas, em um período de 20 anos. O jornal americano divulgou um banco de dados, que contém o nome de 220 indivíduos que foram condenados por crimes de abuso sexual durante o período, entre ex-membros e outros que ainda são pastores atualmente na denominação.

O presidente da Convenção Batista do Sul, J.D. Greear, responsável pela Igreja Batista do Sul em todas suas filiais, utilizou sua conta no Twitter para protestar contra a divulgação de tais denúncias na imprensa.

“Os abusos descritos neste artigo do jornal são pura maldade [contra as vítimas]”, disse o presidente da convenção.

A matéria publicada no The Chronicle no domingo (10) revelou que os casos de abuso haviam sido praticados por pastores de jovens, ministros da palavra, professores da Escola Dominical, diáconos, e até voluntários da Igreja Batista do Sul.

O jornal disse ainda que sua investigação independente encontrou, aproximadamente, cerca de 380 casos desde o ano de 1998, além de mais 250 desde 2008.

O relatório traz dados de pessoas que “foram condenadas, acusados com verossimilhança em processos ainda pendentes, além dos que tiveram seus trâmites concluídos​​, e os que confessaram ou renunciaram suas defesas”.

A chocante publicação contra a Igreja Batista do Sul afirmou ainda que uma das vítimas morreu em decorrência de uma overdose de drogas, cerca de 14 anos depois de ter sido abusada, no ano de 1994. A jovem cortou seus pulsos após a situação traumática. Até hoje, a mãe chora e culpa a denominação pela perda da filha.

O presidente da Convenção Batista do Sul, responsável pela igreja, que havia criticado via Twitter as divulgações, afirmou posteriormente que “as vozes neste artigo [do jornal] devem ser ouvidas como um aviso enviado por Deus, incitando a igreja para que se arrependa. Como evangélicos, somos chamados a expor tudo que for pecaminoso à luz. Os sobreviventes nesta matéria fizeram isso – a um custo pessoal que poucos de nós podem imaginar”.

J.D. Greear disse ainda que é tempo da Igreja Batista nos EUA se arrepender de todos esses atos vergonhosos, para se abrir a mudanças.

“Como uma denominação, agora é um tempo para lamentar e se arrepender. Mudanças estão chegando. Elas devem. Não podemos apenas prometer ‘fazer melhor’ e esperar que seja o suficiente. Mas hoje, a mudança começa com o peso total do problema… É hora de uma mudança generalizada, Deus exige isso e os sobreviventes o merecem”.

A Igreja Batista do Sul não possui ligação com a Convenção Batista do Brasil.

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