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EUA: Nadadora se torna 1ª trans campeã da NCAA e rivais se recusam a dividir o pódio

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Lia Thomas é alvo de protesto no pódio da natação da NCAA — Foto: Justin Casterline/Getty Images

Lia Thomas, antes William Thomas, de 22 anos, se tornou a primeira mulher trans a conquistar um título – em todos os esportes -, da tradicional liga universitária americana NCAA. Mas, a conquista de Lia está dando o que falar nas redes sociais.

Muitos tinham a expectativa de que Lia poderia quebrar o recorde universitário das 500 jardas livre que pertence à campeã olímpica Katie Ledecky. Mas, a nadadora foi além, ficou quase nove segundos acima da marca de 4m24s06.

O tempo de 4m33s24 ainda lhe rendeu o título inédito, à frente Emma Weyant (4m34s99), Erica Sullivan (4m35s92) e Brooke Forde (4m36s18). Ao ser anunciada campeã da prova, poucas pessoas na torcida a aplaudiram. Além disso, as rivais se recusaram a se juntar à campeã no momento da foto das medalhistas.

Lia Thomas no pódio da NCAA de natação — Foto: Brett Davis-USA TODAY Sports

Além das outras competidoras, a torcida também se manifestou contra a campeã. Algumas pessoas levantaram cartazes com mensagens como “salvem o esporte feminino” e “apoiem um esporte justo para homens e mulheres”.

O caso, claro, foi repercutido em todo o mundo. A ex-jogadora de voleibol do Brasil, Ana Paula Henkel, foi uma das brasileiras a repudiar a entrega do prêmio à Lia Thomas. “Sua genética masculina desclassificou meninas, bateu recordes e recebeu troféus no esporte feminino. Respeito como as pessoas escolhem viver suas vidas, mas jamais aplaudirei isso no esporte. Jamais”, comentou ela nas redes sociais.

Morando nos Estados Unidos, Ana disse que não há palavras para expressar a tristeza do seu coração “em ver meninas tendo suas chances ceifadas, depois de anos de treinamento e investimento, por uma ideologia nefasta, vil e injusta”.

“Parem de fingir que isto é inclusão. Isto é exclusão de meninas e mulheres do esporte feminino. Acordem, atletas. Acordem. Vocês são as únicas capazes de parar essa insanidade contra nós mulheres. Não tenham medo”, disse ela.

“As pessoas estão do nosso lado! Acreditem! Vocês ainda podem salvar o esporte feminino com sobriedade, com classe, com argumentos sólidos. A ciência e a biologia humana não mudam porque alguém assim deseja”, finalizou ela.

A pastora Bianca Toledo concordou com as palavras de Ana Paula Henkel.

“Eu, Bianca, desejo que o Willian Thomas seja feliz. Desejo que ele realmente tenha uma experiência de encontro com sua real identidade. Penso que a lei do esporte precisa regulamentar essas questões que surgiram atualmente, por que no que diz respeito ao direito da mulher, realmente fomos absurdamente prejudicadas”, escreveu a religiosa nas redes sociais. “Achei injusto. E você?”, finalizou com a pergunta.

Segundo o Globo Eporte, Lia Thomas, que representa a Universidade da Pensilvânia, competiu por três anos na equipe masculina antes de passar pelo processo de transição de gênero. De acordo com as regras da National Collegiate Athletic Association (NCAA), ela ficou apta a competir em eventos femininos quando completou o período de um ano de tratamento de supressão de testosterona.

Sobre a polêmica, Lia disse que tenta ignorar o máximo que consegue. “Tento ignorar isso o máximo que posso. Tento focar na minha natação, no que preciso fazer para estar pronta para as provas. Apenas tento bloquear todo o resto. Significa o mundo para mim estar aqui”, disse em entrevista à ESPN americana.

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